Artigo

  • A imagem mostra um homem de terno em um ambiente de escritório, olhando pensativo para o céu. A lateral de sua cabeça está aberta, revelando engrenagens metálicas girando — simbolizando uma mente mecânica, presa à lógica do trabalho. No céu, entre nuvens, forma-se uma figura de cérebro feito de nuvem, iluminada, sugerindo consciência, pensamento livre e imaginação. A cena contrasta a mecanização do trabalhador com a possibilidade de reconexão com sua humanidade pensante.
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    A Lógica do Lucro: Trabalhar até quebrar

    Vivemos em uma era em que o valor humano é medido por métricas de desempenho e lucro. No cenário capitalista globalizado, empresas operam sob a lógica brutal da produtividade: quem rende é mantido, quem não rende é descartado. É o corte frio da eficiência. Recentemente, demissões em massa têm acontecido não apenas no Brasil, mas em várias partes do mundo. E não por falta de recursos — mas porque o sistema exige constante crescimento, mesmo que esse crescimento destrua pessoas no processo. Leia também: A Simplicidade Esquecida da Identidade Cristã Poderíamos tentar suavizar essa lógica com alguma analogia bíblica — como a da videira e dos ramos em João 15…

  • A imagem mostra uma cena simbólica e intensa: um homem caminha em direção a uma cruz com Cristo crucificado, posicionada contra uma luz radiante ao fundo, que cria um forte contraste entre sombra e claridade. O chão está repleto de correntes quebradas, representando libertação da escravidão. A figura do homem em direção à cruz transmite a ideia de redenção, transformação e liberdade por meio do sacrifício de Jesus. A iluminação dourada ao fundo sugere esperança, vitória e nova vida.
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    Por que a Graça Redentora Anula as Consequências do Pecado

    Desde cedo, no contexto eclesiástico, escutei repetidamente a afirmação: “Deus perdoa o pecado, mas não livra das consequências.” Essa frase, tão popular quanto inquestionada, tornou-se quase um dogma informal da espiritualidade cotidiana cristã. Contudo, ao aprofundar-me nas Escrituras com um olhar mais atento e hermenêutico, essa afirmação mostra-se cada vez mais frágil diante da revelação de Deus em Cristo. 1. Jesus não veio apenas perdoar: Ele veio restaurar todas as coisas A missão de Cristo nunca foi meramente jurídica — como se seu papel se limitasse a declarar inocentes os culpados. O perdão é apenas uma das manifestações de algo mais profundo: a reconciliação do mundo com Deus (2Co 5.19).…

  • A imagem retrata o apóstolo Paulo discursando no Areópago em Atenas, cercado por filósofos gregos atentos. A cena é ambientada em uma construção clássica com colunas e blocos de pedra, evocando a arquitetura da Grécia Antiga. Um feixe de luz ilumina Paulo de maneira simbólica, destacando sua figura em contraste com as sombras suaves ao redor. A expressão serena e firme de Paulo revela um momento de profundo diálogo e respeito mútuo, enquanto os ouvintes demonstram curiosidade e reflexão. O estilo visual remete à pintura de Rembrandt, com uma composição minimalista, cores terrosas e atmosfera contemplativa.
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    O Debate na Fé Cristã: Diálogo e Maturidade

    A fé cristã e o cristianismo são, de fato, dois conceitos distintos, ainda que muitas vezes usados de maneira intercambiável. A fé cristã, na sua essência mais pura, é singela, comunitária e busca a maturidade espiritual sem o peso de um domínio hierárquico ou institucional. Por outro lado, o cristianismo, enquanto sistema religioso formalizado, nasce como uma construção do século 3, a partir da aliança entre a Igreja e o Império Romano, quando o imperador Constantino oficializa a romanização da fé cristã e a institucionalização de práticas religiosas em uma vasta rede de poder estatal e religioso. Nesse contexto, o cristianismo, como uma religião instituída, não necessariamente reflete a simplicidade…

  • Esta imagem apresenta um retrato em estilo barroco, inspirado na estética de Rembrandt, representando um homem idoso de expressão comovente e olhar voltado para o alto, como em súplica ou reflexão profunda. A luz suave e dramática destaca seu rosto e mãos, contrastando com o fundo escuro, típico da técnica do claro-escuro. O semblante cansado, porém cheio de dignidade, transmite vulnerabilidade e fé — evocando a essência da Teologia da Fraqueza. Ao centro, sobreposta à imagem, está a inscrição "Teologia da Fraqueza", com uma tipografia simples e sólida, reforçando o contraste entre fragilidade humana e firmeza espiritual. É uma representação visual poderosa da mensagem do livro.
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    A Teologia da Fraqueza como Cosmovisão Cristocêntrica

    Introdução Adquira meu livro Teologia da Fraqueza (Neste artigo discorro sobre ele). Este artigo nasce de uma caminhada pessoal, espiritual e acadêmica. A Teologia da Fraqueza, proposta nesta obra e fruto das minhas reflexões, leituras e experiências, é mais do que uma abordagem sistematizada das Escrituras. Trata-se de uma compreensão existencial da condição humana, especialmente à luz da revelação bíblica e da experiência de um Deus que se manifesta na fragilidade. Em um tempo dominado por discursos triunfalistas, onde o fracasso é ocultado e a fraqueza rejeitada, proponho um retorno à cruz como eixo hermenêutico da espiritualidade cristã. Leia também: O Peso da Glória e a Fraqueza Que Vence o…

  • A imagem apresenta uma cena intensa e profundamente simbólica, pintada no estilo barroco de Caravaggio. Em um ambiente escuro, apenas iluminado por uma luz dramática que incide sobre os personagens principais, vemos Cristo ajoelhado à esquerda, vestido com uma túnica em tom vinho e com uma expressão serena e compassiva. Sua mão direita repousa sobre o queixo de um jovem cristão ajoelhado à sua frente, à direita da composição. O jovem, de roupas simples e expressão angustiada, olha para Cristo com um misto de esperança e arrependimento, sugerindo um momento de profunda entrega espiritual. A iluminação evidencia os detalhes anatômicos dos corpos e transmite a tensão emocional da cena. Ao fundo, colunas escuras e sombras reforçam o clima dramático e solene, característico das obras de Caravaggio. É uma representação vívida da relação de discipulado, humildade e encontro com Cristo.
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    A Simplicidade Esquecida da Identidade Cristã

    A pergunta “Quem sou eu?” ecoa com força não apenas nos corredores da filosofia, mas também nos púlpitos, nos grupos de discipulado e nos corações dos cristãos de todas as idades. No entanto, quando a interrogação é ampliada para “Quem sou eu em Cristo?”, o eco parece mais confuso do que revelador. A cada nova geração, a busca por identidade espiritual ressurge como se fosse uma novidade, e as gerações anteriores, embora já tenham feito essa pergunta, permanecem atentas, temerosas de terem perdido algo essencial no caminho. Leia também: A Medida do Fazer: Crítica e Complementaridade Por que, afinal, continuamos sem uma resposta definitiva? A resposta, ouso dizer, não está…

  • A imagem retrata uma Bíblia aberta sobre uma superfície de madeira, irradiando uma luz dourada brilhante de suas páginas. No centro, uma cruz iluminada emerge, representando a centralidade da fé cristã e da Palavra de Deus. Ao redor da cruz, há diversos ícones tecnológicos e digitais conectados entre si, incluindo símbolos de satélite, inteligência artificial, comunicação, redes globais, livros e dispositivos eletrônicos. O fundo escuro com um brilho celestial na parte superior sugere uma conexão entre o conhecimento divino e a era digital, enfatizando a interação entre fé e tecnologia. A imagem transmite a ideia de que a Bíblia continua sendo uma fonte de sabedoria em um mundo cada vez mais tecnológico, mostrando a integração entre espiritualidade e inovação.
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    Tecnologia e Fé: Como os Cristãos Podem Usar o Progresso para a Glória de Deus

    Nos últimos 60 anos, testemunhamos uma explosão sem precedentes no desenvolvimento tecnológico. Especialmente nas últimas duas décadas, a tecnologia se expandiu de forma tão rápida e abrangente que muitas pessoas se sentem sobrecarregadas, sem tempo para assimilar as mudanças ou desenvolver um pensamento crítico que acompanhe esse ritmo acelerado. A expectativa de vida aumentou significativamente, graças aos avanços na medicina, na engenharia e em outras áreas. No entanto, junto com esses benefícios, surgem preocupações profundas: a física quântica e a inteligência artificial (IA) assustam, teorias da conspiração proliferam, e muitos temem que as máquinas possam dominar o mundo. Outros acreditam que isso já está acontecendo. Leia também: Misticismo Quântico: A…