Ensaios

  • A imagem mostra cinco pessoas ajoelhadas em oração dentro de um ambiente simples e escuro, iluminado por uma luz quente e suave que lembra o estilo de Rembrandt, com forte contraste entre luz e sombra (chiaroscuro). Composição e posição: As pessoas estão dispostas em semicírculo, todas com as mãos juntas em gesto de oração. Expressões: Há concentração, devoção e serenidade nos rostos, transmitindo uma sensação de introspecção e espiritualidade profunda. Ambiente: O espaço é modesto, com paredes de madeira, uma pequena janela à esquerda que deixa entrar luz natural e uma vela acesa sobre um banco, reforçando o clima contemplativo. Trajes: Roupas simples, de tons terrosos e neutros, reforçando a ideia de humildade e universalidade. Detalhes adicionais: Há um livro sobre uma mesa pequena à direita, sugerindo estudo ou meditação religiosa, e o foco da iluminação destaca os rostos e mãos, criando dramaticidade e intimidade na cena.
    Ensaios,  Teologia

    Os Cinco Serviços de Todo Cristão: Contra a Hierarquia e a Idolatria do Clero

    A história do cristianismo está profundamente marcada por disputas de poder, pela construção de castas espirituais e pela tentativa de estabelecer uma escada de “maiores” e “melhores” dentro do corpo de Cristo. O que começou como uma comunidade de iguais, reunidos em torno do Cristo ressuscitado, se converteu, ao longo dos séculos, em uma instituição estratificada, onde poucos mandam e muitos obedecem, onde uns pregam e outros apenas escutam, onde alguns são vistos como especiais e os demais são reduzidos a espectadores da fé. Leia também: A Síndrome do Pavão na Igreja Contemporânea Historiadores da igreja, como Justo González, lembram que o processo de clericalização foi gradual: no início, a…

  • A imagem mostra uma Bíblia aberta sobre um mapa antigo, evocando a era do colonialismo. Ao redor da Bíblia, repousa uma corrente de ferro enferrujada, simbolizando a escravidão. A luz dourada que ilumina a cena vem da lateral superior direita, criando um contraste simbólico entre a opressão representada pela corrente e a liberdade e fé simbolizadas pela Bíblia. A composição sugere uma tensão entre o uso da religião para justificar a escravidão e seu poder libertador quando lida à luz do Evangelho. É uma imagem altamente simbólica e representativa de debates históricos, teológicos e éticos sobre o papel do cristianismo na escravidão.
    Ensaios,  Sociedade

    Entre a Cruz e os Grilhões: A Escravidão e a Ambivalência Histórica do Cristianismo

    Introdução A escravidão foi uma das instituições mais cruéis e persistentes da história humana. Entre os séculos XV e XIX, milhões de africanos foram arrancados de suas terras e submetidos a uma existência de servidão, violência e desumanização. O que causa perplexidade é o fato de que, durante grande parte desse período, o Cristianismo — a religião do Deus encarnado como servo — foi usado tanto para justificar quanto para combater a escravidão. Este ensaio propõe uma análise teológico-histórica dessa ambivalência, comparando as justificativas oferecidas por católicos e protestantes, tanto a favor quanto contra a escravidão. A partir disso, refletimos sobre a relação entre fé e poder, Bíblia e ética,…

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    Senhor, Ensina-me a Usar Minha Doença

    “Senhor, como no momento da minha morte, me encontrarei separado do mundo, nu de todas as coisas, apenas diante de vossa Presença, para responder à vossa Justiça por todos os movimentos do meu coração, fazei-me considerar nesta doença como uma espécie de morte, separada do mundo, nua de todos os objetos de meus apegos, somente diante de sua presença para implorar de sua misericórdia a conversão do meu coração; e que eu tenha extrema consolação por Vós” (Blaise Pascal). Introdução A fragilidade humana nos confronta com a realidade de nossa dependência de Deus. Para muitos, a doença é um inimigo, algo a ser vencido a qualquer custo. No entanto, para…

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    Quando um Pregador Deve Negar uma Oferta?

    Uma análise teológica, filosófica e pastoral sobre o discernimento na aceitação de ofertas O ato de receber uma oferta como pregador tem suas raízes na tradição cristã e, muitas vezes, é visto como uma forma legítima de sustento para aqueles que se dedicam ao ministério. Contudo, a aceitação de uma oferta não é apenas uma questão de conveniência ou tradição; trata-se de um ato que carrega implicações éticas, teológicas e espirituais. Há situações em que, por prudência e fidelidade ao Evangelho, um pregador deve rejeitar uma oferta. 1. Quando a oferta é excessivamente elevada e pode gerar soberba 1 Timóteo 6:9-10 adverte sobre os perigos do amor ao dinheiro, que…

  • Artigo,  Ensaios

    O Inferno como Não-Lugar: O Lago de Fogo

    Introdução O conceito do inferno é um dos temas mais desafiadores e controversos da teologia cristã. Muitas vezes imaginado como um lugar de tormento físico e eterno, o inferno — ou, mais precisamente, o lago de fogo — pode ser analisado sob uma perspectiva filosófica e teológica distinta, que o identifica não como um lugar concreto, mas como um não-lugar. Este artigo propõe uma análise densa e crítica sobre o tema, desconstruindo as noções tradicionais do inferno e explorando suas implicações metafísicas e espirituais. Baseando-se nas Escrituras e na teologia sistemática, discutiremos seis pontos fundamentais sobre a natureza do inferno, sua relação com a eternidade e o papel de Deus…