• A imagem mostra o interior de uma igreja vista a partir do púlpito. Em primeiro plano, há uma Bíblia aberta sobre um suporte de madeira bem iluminado por uma luminária. Ao fundo, a congregação está reunida e atenta, sentada nos bancos da igreja. Entre os fiéis, destaca-se uma pessoa em uma cadeira de rodas posicionada no centro do corredor, em evidência, como parte da comunidade. A arquitetura é clássica, com colunas de pedra e vitrais coloridos, transmitindo um ambiente solene e reverente.
    Teologia da Deficiência

    Igreja, Deficiência e o Grito Silenciado – 2

    Parte 2 – O lugar da presença: entre acessibilidade e espiritualidade Se a primeira parte deste estudo foi um grito contra uma teologia disfarçadamente capacitista, esta segunda parte é um apelo mais prático, porém não menos profundo. Aqui, a pergunta muda de foco: ela sai do campo da teologia abstrata e entra no chão da igreja local. Ela nos empurra para o campo da arquitetura, da liturgia, da cultura comunitária. E se queremos ser sinceros com o Cristo encarnado, precisamos encarnar também a escuta e a acessibilidade. As perguntas agora são: Leia também: Igreja, Deficiência e o Grito Silenciado – 1 I. A arquitetura da exclusão Vivemos em tempos em…

  • Uma ilustração histórica mostra um homem segurando a Bíblia, rodeado por cenas de pessoas em um cenário que parece ser um povoado. A composição da imagem é multicamadas, com uma cena principal focada em um homem que segura um livro, provavelmente a Bíblia, e várias outras cenas menores intercaladas, representando momentos de vida e atividades em um determinado contexto histórico. A cena principal, com foco no homem que segura a Bíblia, está posicionada no centro da imagem e no primeiro plano, enquanto outras cenas, menores, estão posicionadas em camadas atrás dele, criando uma sensação de profundidade e contextualização histórica. A disposição das cenas cria uma impressão de simultaneidade e de um cenário social amplo. O quadro e o enquadramento da imagem capturam a atmosfera de uma narrativa histórica e social. O principal foco da imagem é um homem adulto, de pele escura, vestindo uma camisa levemente acinzentada. Ele tem uma expressão contemplativa ou séria. Ele está no centro da imagem e focado no primeiro plano. Outras pessoas em diferentes posturas e ações são visíveis nas cenas secundárias, que envolvem atividades diversas, como leitura, oração, cuidados com crianças e trabalho. São retratados indivíduos com diferentes tons de pele e vestindo roupas típicas de uma época, evidenciando a riqueza da diversidade na ilustração. A obra utiliza uma técnica de ilustração realista, com detalhes, cores e texturas bastante expressivos, que denotam uma narrativa histórica e social. As cores da imagem são terrosas e quentes, criando uma atmosfera que sugere o passado. A variedade de expressões faciais, posturas corporais e atividades demonstram a complexidade das cenas retratadas, com o foco central no momento de leitura da Bíblia. O cenário sugere um povoado ou vilarejo, no qual diferentes atividades, como ler e cuidar de crianças, são realizadas simultaneamente. A iluminação é levemente suave, criando uma atmosfera serena e ao mesmo tempo dramática, o que provavelmente enfatiza o significado histórico e social do cenário. As sombras e a luz refletida indicam a presença do sol e a forma como a luz modela as cenas. A paleta de cores enfatiza uma atmosfera histórica, mostrando o uso de cores realistas e representativas de um período histórico.
    Crônicas,  Teologia

    O Mistério de Uma Teologia que Sangra e Canta

    A teologia, por vezes, é sequestrada por laboratórios sem vida. É arrancada da terra molhada pela lágrima do pobre, da calçada onde dorme o esquecido, do altar improvisado da casa de um fiel que ora em silêncio diante da dor. Arrancada, embalsamada e colocada em vitrines douradas de academias onde o verbo não se faz carne, mas papel, rodapé e nota de rodapé. Tornou-se, em muitos círculos, uma ciência dos fósseis, um estudo dos ossos de Deus, como se o Eterno pudesse ser arqueologicamente escavado e catalogado por categorias humanas. Leia também: Teologia é para Gente Cansada Mas a teologia verdadeira… ah, essa não cabe em tratados nem se aprisiona…

  • Esta imagem apresenta um retrato em estilo barroco, inspirado na estética de Rembrandt, representando um homem idoso de expressão comovente e olhar voltado para o alto, como em súplica ou reflexão profunda. A luz suave e dramática destaca seu rosto e mãos, contrastando com o fundo escuro, típico da técnica do claro-escuro. O semblante cansado, porém cheio de dignidade, transmite vulnerabilidade e fé — evocando a essência da Teologia da Fraqueza. Ao centro, sobreposta à imagem, está a inscrição "Teologia da Fraqueza", com uma tipografia simples e sólida, reforçando o contraste entre fragilidade humana e firmeza espiritual. É uma representação visual poderosa da mensagem do livro.
    Artigo

    A Teologia da Fraqueza como Cosmovisão Cristocêntrica

    Introdução Adquira meu livro Teologia da Fraqueza (Neste artigo discorro sobre ele). Este artigo nasce de uma caminhada pessoal, espiritual e acadêmica. A Teologia da Fraqueza, proposta nesta obra e fruto das minhas reflexões, leituras e experiências, é mais do que uma abordagem sistematizada das Escrituras. Trata-se de uma compreensão existencial da condição humana, especialmente à luz da revelação bíblica e da experiência de um Deus que se manifesta na fragilidade. Em um tempo dominado por discursos triunfalistas, onde o fracasso é ocultado e a fraqueza rejeitada, proponho um retorno à cruz como eixo hermenêutico da espiritualidade cristã. Leia também: O Peso da Glória e a Fraqueza Que Vence o…

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    A Ilusão da Bênção: Teologia da Prosperidade e a Espiritualidade Superficial

    Lendo o livro de Karl Barth, “Carta aos Romanos”, deparei-me com uma citação intrigante: “O espírito servil de Hagar se exalta quando recebe alguma coisa, mas este é o caminho da expulsão” (Steinhofer). Barth, ao tratar da salvação, inclusive daqueles que não estão na igreja, nos alerta sobre a exaltação que pode acompanhar a recepção de bênçãos. Esta reflexão me leva a pensar em vários contextos modernos, especialmente no comportamento de certos crentes que vivem pedindo e, supostamente, exigindo milagres de Deus. Este fenômeno é particularmente comum entre os adeptos da Teologia da Prosperidade e aqueles que participam incessantemente de campanhas e petições. Leia também: O Absurdo da “Teologia” da…

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    Vida Cristã e as Riquezas

    Introdução A questão sobre as riquezas tem sido um tema central na ética cristã, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Enquanto no Antigo Testamento a riqueza muitas vezes era vista como uma bênção de Deus e um sinal de favor divino, o Novo Testamento apresenta uma abordagem mais crítica, alertando para os perigos espirituais associados à busca desenfreada por riquezas materiais. Essa mudança de perspectiva reflete a ênfase do Novo Testamento nas riquezas espirituais e na priorização do Reino de Deus sobre os tesouros terrenos. No Antigo Testamento, a riqueza era frequentemente associada à bênção de Deus e à recompensa pela fidelidade. Exemplos como Abraão, Salomão e Jó ilustram…