(TDAH) Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

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Esse artigo é apenas uma breve informação sobre o TDAH.

1. Definição:

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico crônico que se caracteriza por desatenção, impulsividade e hiperatividade. Ele afeta principalmente crianças, cerca de 3% a 5%, sendo mais comum em meninos, mas também pode persistir na vida adulta.

2. Comorbidades

O TDAH raramente se manifesta de forma isolada. Frequentemente, ele está comórbido com outros transtornos, como:

  • Transtornos de Aprendizagem: Dificuldades com leitura, escrita e matemática.
  • Transtornos de Ansiedade: Preocupação excessiva, nervosismo e ataques de pânico.
  • Transtornos do Humor: Depressão, mania e hipomania.
  • Transtornos de Conduta: Comportamento antissocial e opositor.
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): Pensamentos e comportamentos obsessivos e repetitivos.
  • Abuso de Substâncias: Uso indevido de álcool, drogas e tabaco.

4. TDAH e Autismo

Embora o TDAH e o Autismo possam compartilhar alguns sintomas, como desatenção e hiperatividade, são transtornos distintos com causas e apresentações diferentes. O Autismo se caracteriza por dificuldades na comunicação social e na interação social, enquanto o TDAH se concentra principalmente na desatenção, impulsividade e hiperatividade.

5. TDAH em Crianças e Adultos

O TDAH se manifesta de forma diferente em crianças e adultos:

Crianças:

  • Desatenção: Dificuldade em prestar atenção em detalhes, seguir instruções, terminar tarefas e organizar materiais.
  • Hiperatividade: Excesso de movimento e inquietação, dificuldade em ficar quieto por longos períodos, falar excessivamente e interromper os outros.
  • Impulsividade: Agir sem pensar, tomar decisões precipitadas, ter dificuldade em esperar a sua vez e correr riscos desnecessários.

Adultos:

  • Desatenção: Dificuldade em se concentrar no trabalho, esquecer compromissos e instruções, perder objetos com frequência e ter dificuldade em organizar o tempo.
  • Hiperatividade: Sensação interna de inquietação, dificuldade em relaxar, ter “fidgeting” (movimentos repetitivos com as mãos ou pés) e falar muito rápido.
  • Impulsividade: Tomar decisões precipitadas, ter dificuldade em controlar a raiva, interromper conversas e correr riscos desnecessários.

6. Diagnóstico

O diagnóstico do TDAH é feito por um profissional de saúde mental, como psiquiatra ou psicólogo, através de uma avaliação clínica que inclui:

  • Entrevista: Detalhes sobre os sintomas, histórico médico, escolar e familiar.
  • Questionários: Aplicados ao paciente e aos pais ou responsáveis.
  • Escalas de Avaliação: Medem a severidade dos sintomas.
  • Testes Cognitivos: Avaliam a atenção, memória, processamento de informações e outras funções cognitivas.

7. Tratamento

O tratamento do TDAH é individualizado e multimodal, geralmente combinando:

  • Terapia Medicamentosa: Medicamentos estimulantes ou não estimulantes podem ajudar a controlar os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.
  • Terapia Comportamental: Ensina técnicas para gerenciar os sintomas, melhorar a organização e as habilidades sociais.
  • Orientação Parental: Ajuda os pais a compreender o TDAH e a lidar com os desafios da criação de um filho com o transtorno.
  • Psicoterapia: Aborda questões emocionais e psicológicas relacionadas ao TDAH.

8. Prognóstico

O TDAH é um transtorno crônico, mas com tratamento adequado, a maioria das pessoas pode controlar os sintomas e ter uma vida produtiva e significativa. O diagnóstico precoce e o acompanhamento profissional são essenciais para o melhor resultado.

Leia também: Hiperfoco: Superpotência ou Obstáculo

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Paulo Freitas

Paulo Freitas

Paulo Freitas é teólogo, filósofo, professor e presbítero. Autista, escreve sobre fé, fragilidade, dor, neurodiversidade e tudo o que nos torna profundamente humanos.

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