A Sombra do Dominionismo: Desvendando a Teologia do Domínio no Brasil

Introdução

A Teologia do Domínio, também conhecida como dominionismo, vem ganhando crescente influência no Brasil, afetando tanto o cenário religioso quanto o político. Originalmente enraizada nos Estados Unidos, essa ideologia emergiu de interpretações específicas do cristianismo que defendem o domínio dos cristãos sobre todas as esferas da sociedade. Com a globalização e a disseminação de ideias, o dominionismo se espalhou para outros países, incluindo o Brasil, onde tem encontrado terreno fértil para sua expansão.

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Historicamente, o dominionismo surgiu nos Estados Unidos durante o século XX, apoiado por movimentos como o Reconstrucionismo Cristão e a Teonomia. Esses movimentos defendiam a implementação das leis bíblicas em todos os aspectos da vida pública, buscando moldar a sociedade de acordo com princípios cristãos conservadores. A influência de pensadores protestantes e calvinistas foi crucial para o desenvolvimento dessa ideologia, que posteriormente se expandiu globalmente através de missionários, mídias religiosas e redes de igrejas.

No Brasil, a Teologia do Domínio tem encontrado eco em diversos segmentos religiosos, especialmente entre igrejas neopentecostais e seus líderes proeminentes. Esse crescimento levanta importantes questões sobre os impactos sociais e religiosos do dominionismo no país. Compreender essa influência é fundamental para analisar os desafios e as mudanças que essa ideologia traz para a democracia, os direitos humanos e a convivência pluralista.

A relevância do debate sobre a Teologia do Domínio é evidente. Em um contexto de crescente polarização e instrumentalização da fé para fins políticos, é crucial examinar como essa ideologia afeta a sociedade brasileira. Ao investigar as raízes, os principais atores e as consequências do dominionismo, este ensaio busca oferecer uma visão crítica e informada sobre um tema que se torna cada vez mais central no debate público e religioso do Brasil.

1. Desvendando o Conceito: O que é a Teologia do Domínio?

Definição e principais características:
A Teologia do Domínio, ou Dominionismo, é uma ideologia religiosa que propõe a imposição de princípios cristãos em todas as áreas da sociedade. Seus adeptos acreditam que é dever dos cristãos governar e influenciar as instituições sociais, políticas, econômicas e culturais. Esta visão de mundo defende que os cristãos devem assumir posições de autoridade para transformar a sociedade conforme os valores bíblicos.

As principais características dessa ideologia incluem a crença na supremacia cristã e na responsabilidade de moldar a sociedade segundo a moralidade cristã, promovendo a ideia de que todas as esferas da vida devem ser submetidas ao controle e direção cristã.

Fundamentos bíblicos:
Os defensores da Teologia do Domínio frequentemente utilizam interpretações específicas e muitas vezes controversas da Bíblia para justificar suas visões. Um dos textos mais citados é o “Mandato Cultural” de Gênesis 1:28, onde Deus ordena a Adão e Eva que “sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e subjugem-na; dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra”.

Para os dominionistas, este versículo é interpretado como um chamado divino para os cristãos governarem sobre todas as áreas da vida. Outra passagem frequentemente citada é Mateus 28:18-20, a “Grande Comissão”, onde Jesus instrui seus discípulos a “fazer discípulos de todas as nações”, interpretado como um mandato para cristianizar o mundo.

Sete Montes de Domínio:
A Teologia do Domínio se baseia na estratégia dos “Sete Montes de Influência” para alcançar seu objetivo de controle social. Estes montes representam áreas-chave da sociedade que, segundo os dominionistas, devem ser conquistadas para que a transformação total ocorra. Os Sete Montes incluem:

  1. Família: A promoção de valores familiares tradicionais e a estrutura patriarcal.
  2. Religião: O fortalecimento e expansão das igrejas cristãs.
  3. Educação: A influência sobre os currículos e sistemas educacionais para refletir uma perspectiva cristã.
  4. Mídia: O controle e a utilização da mídia para disseminar a mensagem cristã.
  5. Artes e Entretenimento: A promoção de produções artísticas que reflitam valores cristãos.
  6. Governo: A implementação de leis e políticas que estejam de acordo com a moralidade bíblica.
  7. Economia: A gestão das práticas econômicas e empresariais segundo princípios cristãos.

Essa abordagem visa reformar a sociedade de dentro para fora, começando por influenciar as instituições fundamentais que moldam a cultura e o comportamento social. Ao dominar esses sete montes, os dominionistas acreditam que podem criar uma nação e, eventualmente, um mundo que reflete plenamente a vontade de Deus conforme entendida por eles.

2. Origens e Figuras Centrais: A Trajetória do Dominionismo

Raízes norte-americanas:
O movimento dominionista surgiu nos Estados Unidos durante o século XX, profundamente enraizado em um contexto histórico de ansiedade cultural e transformações sociais. A ideologia ganhou força particularmente nos anos 1960 e 1970, uma época marcada por intensos debates sobre os valores tradicionais americanos e a moralidade cristã. Os dominionistas viam a necessidade de reafirmar a autoridade cristã como resposta às mudanças sociais, incluindo a secularização crescente e os movimentos de direitos civis e libertação sexual.

Influências:
O Dominionismo é fortemente influenciado por pensadores protestantes e calvinistas. O calvinismo, com sua ênfase na soberania de Deus sobre todas as áreas da vida, forneceu um fundamento teológico robusto para a ideia de que os cristãos devem governar a sociedade. A tradição protestante, com sua história de engajamento social e político, também contribuiu para a formação dessa ideologia. Elementos do pietismo, com sua ênfase na vida devocional e na transformação moral pessoal e comunitária, foram incorporados, reforçando a ideia de uma sociedade modelada pelos valores cristãos.

Figuras proeminentes:
Alguns dos principais teóricos e defensores do dominionismo incluem Douglas Kelly, R.J. Rushdoony e Gary North.

  • R.J. Rushdoony é frequentemente considerado o pai do movimento Reconstrucionista Cristão, um precursor direto do dominionismo. Seu livro “Institutes of Biblical Law” argumenta pela aplicação rigorosa da lei bíblica na sociedade moderna, influenciando profundamente a agenda dominionista.
  • Gary North, genro de Rushdoony, expandiu essas ideias com um foco particular na economia, defendendo uma ordem econômica baseada em princípios bíblicos. North argumentou que a reconstrução da sociedade deveria começar com a economia, visto como fundamental para a transformação cultural.
  • Douglas Kelly é outro proeminente defensor, conhecido por sua defesa do domínio cristão nas esferas acadêmica e política. Kelly tem sido uma voz importante na articulação de uma visão coerente e abrangente do domínio cristão sobre todos os aspectos da vida pública e privada.

Essas figuras e suas obras formaram a base teórica do dominionismo, promovendo a visão de que os cristãos têm a responsabilidade divina de governar e transformar a sociedade de acordo com os preceitos bíblicos. Eles argumentam que a lei de Deus deve ser a base da legislação e que a sociedade deve ser estruturada para refletir a ordem divina, defendendo uma teocracia cristã como o ideal político e social.

3. O Dominionismo em Terras Brasileiras: Ascensão e Protagonistas

Chegada ao Brasil:
A entrada da Teologia do Domínio no Brasil foi facilitada por um contexto histórico e social marcado pela transição democrática e pela expansão das igrejas neopentecostais. A crescente busca por respostas religiosas em tempos de crise política e econômica criou um ambiente propício para a recepção de ideologias que prometiam transformação social e moral.

Igrejas e líderes influentes:
A disseminação do dominionismo no Brasil se deu principalmente através das igrejas neopentecostais, que têm forte presença midiática e social. Líderes religiosos dessas denominações adotaram e adaptaram os princípios dominionistas para promover uma agenda política e social que busca o domínio cristão.

Michelle Bolsonaro:
Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem se destacado como uma defensora fervorosa da Teologia do Domínio. Sua visibilidade e influência política são utilizadas para promover a agenda dominionista, fortalecendo a aliança entre política e religião.

Silas Malafaia:
O pastor Silas Malafaia é uma figura central na propagação das ideias dominionistas no Brasil. Através de seus programas de televisão, livros e presença nas redes sociais, Malafaia promove a visão de uma sociedade governada por princípios cristãos, utilizando sua influência para moldar a opinião pública e mobilizar apoio político para causas dominionistas.

Esses líderes e suas instituições desempenham um papel crucial na consolidação do dominionismo no Brasil, integrando a ideologia em um movimento mais amplo que busca influenciar a política, a cultura e a sociedade de acordo com uma visão cristã conservadora.

4. Argumentos e Premissas: A Base Ideológica do Dominionismo

Visão de mundo:
A Teologia do Domínio baseia-se na crença de que os cristãos são superiores e têm a missão divina de subjugar todas as outras culturas e religiões. Este pensamento se alinha com a interpretação literal de passagens bíblicas que incitam a expansão do Reino de Deus na terra, utilizando a influência cristã para remodelar as estruturas sociais e políticas.

Papel da mulher:
Dentro do dominionismo, a submissão feminina é considerada uma ordenança divina. A mulher deve se submeter ao homem, seguindo uma hierarquia familiar que espelha a ordem teocrática desejada por essa ideologia. Essa visão é justificada com base em textos bíblicos que enfatizam a autoridade masculina na família e na igreja.

Educação:
Os dominionistas defendem uma educação fortemente fundamentada na religião, onde a instrução deve ser guiada pelos princípios bíblicos. A educação deve promover a submissão à autoridade cristã, garantindo que as futuras gerações sejam moldadas segundo os valores dominionistas, com uma rejeição clara ao secularismo e às teorias científicas que contradizem as escrituras.

Lei e Governo:
A busca por um governo dominado por cristãos é central para o dominionismo. Leis devem ser baseadas na Bíblia, e a governança deve refletir a vontade divina. Essa abordagem visa a implementação de um estado teocrático, onde a legislação e as políticas públicas são desenhadas conforme a interpretação bíblica das necessidades e moralidades da sociedade.

Prosperidade individual:
A ideologia dominionista prega que a prosperidade material é uma recompensa pela fé e pelo domínio cristão. Esta premissa sustenta que os cristãos, ao viverem de acordo com as leis divinas e exercendo domínio sobre a sociedade, serão agraciados com prosperidade econômica. Esta crença fortalece o incentivo para a adesão e propagação do domínio cristão em todas as esferas da vida.

A Teologia do Domínio, com suas diversas premissas, oferece uma visão completa de como a sociedade deve ser estruturada sob uma ótica cristã conservadora. O domínio sobre outras culturas, a submissão feminina, a educação religiosa, um governo baseado na Bíblia e a prosperidade individual são componentes que moldam essa ideologia. Essa abordagem integralmente cristã visa transformar e controlar todos os aspectos da vida social, política e econômica, criando uma sociedade que reflete os valores e princípios dominionistas.

5. Perigos e Ameaças: Os Impactos da Teologia do Domínio

Sociedade: A Teologia do Domínio representa um risco significativo para a democracia, os direitos humanos, a liberdade de expressão e a diversidade. Ao buscar impor uma visão teocrática, dominionistas ameaçam os princípios democráticos de um estado laico, promovendo leis e políticas que favorecem uma religião específica em detrimento das outras. Isso resulta em um ambiente hostil para a pluralidade cultural e religiosa, onde a liberdade de expressão é sufocada e os direitos humanos são vulnerabilizados por interpretações rígidas e exclusivistas da Bíblia.

Igreja: Dentro das igrejas, a Teologia do Domínio instrumentaliza a fé para fins políticos, distorcendo os valores cristãos de amor, compaixão e justiça. A fé é utilizada como uma ferramenta de poder, onde líderes religiosos assumem papéis políticos, promovendo agendas que não necessariamente refletem os ensinamentos de Cristo. Essa politização da fé pode levar à alienação de fiéis que buscam uma experiência religiosa mais espiritual e menos comprometida com ambições políticas.

Violência: A implementação da Teologia do Domínio pode incitar conflitos sociais e discriminação contra minorias. Ao promover uma visão de superioridade cristã, dominionistas incentivam atitudes de intolerância e exclusão. Minorias religiosas, culturais e étnicas podem se tornar alvos de perseguição e violência, exacerbando tensões sociais e levando a uma maior polarização dentro da sociedade.

Manipulação: O uso da religião como um meio de controle e submissão de indivíduos e grupos é outro impacto negativo da Teologia do Domínio. Líderes dominionistas podem manipular a fé e a espiritualidade das pessoas para manter e expandir seu poder, utilizando medo e promessas de prosperidade para garantir obediência e lealdade. Esse tipo de manipulação mina a autonomia individual e pode resultar em práticas abusivas dentro das comunidades religiosas.

A Teologia do Domínio, ao tentar impor uma ordem social e política baseada em uma interpretação particular do cristianismo, representa uma série de ameaças profundas para a sociedade brasileira. Através da distorção dos valores cristãos, da promoção da intolerância e da manipulação da fé, o dominionismo compromete os princípios democráticos, os direitos humanos e a harmonia social, revelando-se uma ideologia perigosa e divisiva.

Conclusão

A Teologia do Domínio, ao promover a ideia de que cristãos devem governar todas as esferas da sociedade, apresenta sérias implicações para a democracia, os direitos humanos e a diversidade cultural. Sua propagação no Brasil, impulsionada por líderes religiosos influentes, como Michelle Bolsonaro e Silas Malafaia, e sua visão de superioridade cristã, a submissão feminina, e a busca por um governo teocrático, revelam um conjunto de perigos que não podem ser ignorados.

A sociedade brasileira enfrenta desafios significativos com a ascensão dessa ideologia. A instrumentalização da fé para fins políticos pode minar a democracia, limitar a liberdade de expressão e promover a discriminação contra minorias. A submissão das mulheres e a imposição de uma educação fundamentalista ameaçam conquistas sociais importantes e perpetuam desigualdades.

Diante disso, é crucial que haja um debate crítico e constante sobre a Teologia do Domínio. A resistência a essa ideologia não deve ser vista apenas como uma tarefa dos líderes religiosos, mas como uma responsabilidade de toda a sociedade civil. É fundamental que todos os setores da sociedade se unam para defender os valores democráticos, a justiça social e a pluralidade cultural.

No futuro, o papel das instituições religiosas e da sociedade civil será ainda mais importante na preservação dos princípios democráticos e na promoção de uma convivência harmoniosa e justa. É necessário um esforço contínuo para educar, conscientizar e mobilizar a população contra os riscos do dominionismo, garantindo que a fé seja uma força de união e compaixão, e não de divisão e dominação. A defesa de uma sociedade inclusiva, onde a diversidade é valorizada e respeitada, deve ser a prioridade, reafirmando o compromisso com a democracia e os direitos humanos para todas e todos.

Referências

Dominionismo, Reconstrucionismo, Teonomia – SURIAN (wordpress.com)

O pânico sobre a Teologia do Domínio e a cegueira sobre a ganância laica. Artigo de Christina Vital da Cunha – Instituto Humanitas Unisinos – IHU

Para entender a perigosa “teologia da dominação” – Outras Palavras

Para assistir

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Casado com Janaína e pai do Ulisses. Tutor da Zaira (Chow-Chow) e do Paçoca (hamster). Escritor por hiperfoco e autista de nascença. Membro e presbítero da Igreja REMIDI e missionário pelo PRONASCE. Teólogo, Filósofo e Pedagogo em formação. Especialista em Docência do Ensino Superior e em Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva. Meus autores preferidos são: Agostinho, Kierkegaard, João Wesley, Karl Barth, Bonhoeffer, Tillich, C. S. Lewis, Stott e alguns pais da igreja. Meus hobbys são: ler, assistir filmes e séries.

8 Replies to “A Sombra do Dominionismo: Desvendando a Teologia do Domínio no Brasil”

  1. Eu não sabia que existia esse ramo já historicamente na sociedade.

    É uma visão de contraponto muito parecido com gramicismo.

    Eu gostei muito da parte que fala sobre as influências na família, na religião, educação, mídia, artes e entretenimento, governo e economia.

    Mas analisando pelo seu texto, acredito que se é fundamentação do que ensinam for pelo ponto de ótica deles já é um erro, haja Vista que mesmo eu gostando de tais influências pensam que as influências deveriam ser totalmente bíblicas.

    Ótica da necessidade de reafirmar a autoridade cristã também é muito ruim, pois parece que é uma imposição, e não uma transformação pelo evangelho.

    Achei a parte que você fala de igrejas influentes, Michele Bolsonaro, Silas Malafaia foi um ponto de vista muito particular daquilo que você acredita, respeito, mas creio que isso é em partes.

    Creio que o ponto central da sua crônica é na verdade um ponto de vista apolítico.

    Vejo nessa sua crônica assim como no título que você denominou, um risco grande quando tudo parte da decisão de ótica do antropocentrica, mas sou totalmente a favor da influência cristã em todas as escalas.

    1. Obrigado pelo comentário. Sobre a Michele e o Silas, eles propagam a teologia do domínio de forma clara em tudo que eles falam, nos textos que deixei no final do artigo aparece isso. Mas há outros expoentes dessa teologia no Brasil, mas no auge são eles dois.

  2. Ótima reflexão… Teologia do domínio é parte do mesmo erro de alguns progressistas que acreditam na melhoria do mundo, negando a profecia de que o mundo ficará cada vez pior até que Cristo retorne. Mas de fato autoridade espiritual e poder temporal são duas misturas catastróficas

  3. Excelente abordagem sobre a temática em questão. O próprio Jesus em nenhum de seus evangelhos, pregou ou ensinou seus discípulos a tomarem o poder terreno influenciando toda as esferas da sociedade de sua época por meio da imposição de seus princípios e valores morais. Ele ensinou aos seus discípulos que deveriam dar a César, o Imperador Romano, o que era de César; e a Deus o que é de Deus. Jesus permitiu-se ser preso por soldados Romanos impedindo seus discípulos de reconstruirem o que entendiam ser a implantação do Reino de Deus por meio da força da espada, pois, os Judeus aguardavam um Messias que implantaria um governo humano sob a autoridade da nação de Israel. Jesus deixou como ensino primordial aos seus discípulos, a influência nas sociedades por onde quer que passassem erigindo a bandeira do amor. Ser testemunha, segundo a ordem de Jesus aos seus discípulos, saindo de Jerusalém, passando pela Judeia, Sanaria até os confins da terra, implicava numa vida prática de compaixão e acolhimento a todos que necessitassem independentemente da raça, cor, nacionalidade ou credo religioso. Jesus não queria fazer prosélitos e sim que a sua vida ressignificasse cada ser humano através de seu próprio testemunho de vida prática por meio da justiça, da paz e do amor. Jesus não deixou uma confissão dogmática a ser seguida. A moral de Jesus ia na contramão da moral judaica, sobretudo, sob o viés do dominianismo da antiga aliança. Deus colocou o homem de acordo com Gn 1:26 para dominar sobre peixes, animais do campo, répteis e etc… Entretanto, não estabeleceu para o homem dominar a outro homem, pois, isso é pecado de feitiçaria. A teologia do domínio é totalmente antropocêntrica. Se utiliza da tal moral cristã pr’a colocar o homem no centro. Que Deus tenha misericórdia dos povos da terra. Que sua graça nos ajude!

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