• A imagem mostra uma cena urbana em tons de cinza, transmitindo uma atmosfera fria e mecânica. Várias pessoas caminham apressadas em diferentes direções, com rostos desfocados ou apagados, o que simboliza a perda de identidade e individualidade. Todas parecem alheias umas às outras, como engrenagens em movimento automático. Ao fundo, há um grande mural com a ilustração de uma paisagem natural, com árvores — um forte contraste com o concreto e a pressa ao redor. Diante dele, uma única figura está sentada em silêncio, imóvel, em postura contemplativa, sugerindo um momento de pausa e reflexão em meio ao caos produtivista. A imagem evoca exatamente o conflito entre o "fazer" frenético da vida moderna e a necessidade esquecida de simplesmente "ser".
    Crônicas

    O Peso do Fazer e o Esquecimento do Ser

    Acordamos com pressa, dormimos com culpa. O tempo, esse senhor inflexível, nos arrasta como se fosse dono da nossa alma. Vivemos entre planilhas e postagens, entre tarefas e metas, entre agendas lotadas e cafés apressados. A vida, dizem, é movimento. Mas que tipo de movimento é esse que não nos permite parar? Leia também: A Medida do Fazer: Crítica e Complementaridade Na modernidade, a essência da vida foi sequestrada pelo fazer. Tudo gira em torno do produzir. Produzimos conteúdo, resultados, filhos, festas, memórias instantâneas — e esquecemos que viver não é uma função executiva. Tornamo-nos engrenagens bem lubrificadas de uma máquina que nunca para. O sistema nos sorri com dentes…

  • A imagem mostra uma cena subaquática profundamente simbólica e poética: no fundo do mar, repousa uma concha gigante, de aparência realista, com texturas naturais e tons terrosos. Dentro dela, há uma pessoa nua em posição fetal, com o corpo curvado e os braços envolvendo os joelhos, como se buscasse proteção ou consolo. A luz do sol filtra suavemente pela superfície da água, criando um ambiente sereno, silencioso e melancólico. O fundo é de areia clara, sem distrações, reforçando a sensação de isolamento, introspecção e reclusão. A imagem evoca fortemente a ideia de vulnerabilidade, refúgio e esquecimento — uma metáfora visual poderosa da vida de pessoas com deficiência ou em situações de invisibilidade social.
    Neurodiversidade,  Saúde

    A Concha, o Corpo e o Silêncio: Crônica para os Esquecidos do Mar da Deficiência

    “As pessoas se esquecem das criaturas que vivem dentro das conchas”1.A frase passou pelo filme como o vento que atravessa uma cortina leve — quase imperceptível, mas suficiente para causar um estremecer na alma. E ficou. Não como uma lembrança, mas como uma ferida aberta. Uma sentença silenciosa escrita nas paredes úmidas das casas onde moram aqueles que não aparecem, aqueles que não performam, aqueles que não são lembrados porque não conseguem ser vistos. Leia também: Pessoas com deficiência e fé cristã A concha é metáfora, mas também é matéria. Ela é forma, mas sobretudo é existência. Para muitos de nós, ela não é um invólucro descartável. É carne, é…

  • A imagem mostra um homem sentado em uma cadeira de dentista, vestindo o avental descartável típico de procedimentos odontológicos. Ele tem expressão séria e parece exausto ou introspectivo, olhando fixamente para a frente, sem sorrir. O ambiente ao redor é uma sala de atendimento odontológico, com móveis planejados, equipamentos clínicos e iluminação suave. A imagem possui um filtro em tons de verde e roxo, dando-lhe um ar estilizado e reflexivo. Essa combinação de elementos transmite uma sensação de desgaste emocional e resistência silenciosa — muito alinhada ao relato de um autista lidando com desafios na saúde bucal.
    Autismo,  Neurodiversidade

    A Odisseia de Um Autista com a Saúde Bucal

    Tudo que diz respeito à dentição sempre foi muito difícil para mim. Desde criança (e sendo autista sem saber), a escovação era um verdadeiro suplício: o simples toque das cerdas nos meus dentes provocava uma dor intensa, quase inexplicável. Por isso, eu simplesmente não escovava. O resultado não tardou a aparecer — uma infância marcada por cáries, dores agudas e um tratamento precoce de canal. Era comum que meus dentes doessem ao menor estímulo, e os problemas bucais me acompanharam até cerca dos 25 anos, com múltiplos canais ao longo do caminho. Leia também: A Dor em Pessoas Autistas Com o tempo, fui desenvolvendo estratégias de sobrevivência: descobri escovas mais…

  • A imagem mostra uma cena simbólica e intensa: um homem caminha em direção a uma cruz com Cristo crucificado, posicionada contra uma luz radiante ao fundo, que cria um forte contraste entre sombra e claridade. O chão está repleto de correntes quebradas, representando libertação da escravidão. A figura do homem em direção à cruz transmite a ideia de redenção, transformação e liberdade por meio do sacrifício de Jesus. A iluminação dourada ao fundo sugere esperança, vitória e nova vida.
    Artigo

    Por que a Graça Redentora Anula as Consequências do Pecado

    Desde cedo, no contexto eclesiástico, escutei repetidamente a afirmação: “Deus perdoa o pecado, mas não livra das consequências.” Essa frase, tão popular quanto inquestionada, tornou-se quase um dogma informal da espiritualidade cotidiana cristã. Contudo, ao aprofundar-me nas Escrituras com um olhar mais atento e hermenêutico, essa afirmação mostra-se cada vez mais frágil diante da revelação de Deus em Cristo. 1. Jesus não veio apenas perdoar: Ele veio restaurar todas as coisas A missão de Cristo nunca foi meramente jurídica — como se seu papel se limitasse a declarar inocentes os culpados. O perdão é apenas uma das manifestações de algo mais profundo: a reconciliação do mundo com Deus (2Co 5.19).…

  • A imagem retrata uma cena crítica e simbólica do que parece ser uma igreja transformada em espetáculo. No centro, sobre o púlpito, está um homem vestido como um palhaço, fazendo gestos dramáticos como um pregador. O ambiente é uma tradicional igreja cristã com vitrais, altar e bancos de madeira, mas completamente distorcida em sua função original. O chão está coberto por lixo de pipoca e outros restos de lanche, como em um cinema ou circo. Os fiéis, em vez de orar ou prestar atenção ao sermão, estão com celulares erguidos, tirando fotos ou gravando vídeos do palhaço-pregador — evidenciando uma cultura de espetáculo, vaidade e culto à imagem. A atmosfera é escura, com iluminação teatral, criando um contraste entre a solenidade arquitetônica da igreja e a banalização de seu uso. A cena é uma crítica visual contundente ao que muitos veem como a transformação da fé cristã em entretenimento vazio e performático.
    Crônicas

    O Eu-angelho Segundo o Picadeiro

    E subiram ao púlpito como quem sobe ao palco. Acenderam os refletores, ajustaram o microfone, e ao fundo tocava uma trilha sonora épica. Começa o espetáculo ao eu-angelho: o culto do coach ungido, do pastor mirim com milhões de seguidores, do influencer convertido na última live, devidamente batizado em águas digitais. A comunidade evangélica brasileira virou trending topic, e não foi por amor ao próximo, mas por devoção à próxima polêmica. A política foi elevada ao altar, onde o mandamento do amor cedeu lugar ao ódio justificado por versículos fora de contexto. Amar o inimigo? Só se ele votar certo. O resto é “guerra espiritual”. Enquanto isso, os púlpitos se…

  • Informativo Missionário

    Informativo Missionário: Março e Abril

    🙏 Agradecimentos Queremos começar este informativo expressando nossa profunda gratidão!A você que tem orado por mim, pela minha esposa e pelo nosso filho: obrigado! Suas orações têm sido fonte de força e ânimo em nossa caminhada.Aos irmãos e igrejas que têm aceitado o desafio de ser nossos mantenedores, abençoando-nos mensalmente: que Deus multiplique a generosidade de cada um!E àqueles que têm ofertado esporadicamente, nosso muito obrigado também!Cada valor recebido tem sido fundamental para nosso desenvolvimento no Reino. Atualmente, estamos investindo nas mensalidades do nosso curso de inglês, preparação essencial para nossa futura missão na Índia. 💬 Queremos ouvir você! Como podemos orar por sua vida também? Fale conosco pelo WhatsApp!…