• Uma ilustração histórica mostra um homem segurando a Bíblia, rodeado por cenas de pessoas em um cenário que parece ser um povoado. A composição da imagem é multicamadas, com uma cena principal focada em um homem que segura um livro, provavelmente a Bíblia, e várias outras cenas menores intercaladas, representando momentos de vida e atividades em um determinado contexto histórico. A cena principal, com foco no homem que segura a Bíblia, está posicionada no centro da imagem e no primeiro plano, enquanto outras cenas, menores, estão posicionadas em camadas atrás dele, criando uma sensação de profundidade e contextualização histórica. A disposição das cenas cria uma impressão de simultaneidade e de um cenário social amplo. O quadro e o enquadramento da imagem capturam a atmosfera de uma narrativa histórica e social. O principal foco da imagem é um homem adulto, de pele escura, vestindo uma camisa levemente acinzentada. Ele tem uma expressão contemplativa ou séria. Ele está no centro da imagem e focado no primeiro plano. Outras pessoas em diferentes posturas e ações são visíveis nas cenas secundárias, que envolvem atividades diversas, como leitura, oração, cuidados com crianças e trabalho. São retratados indivíduos com diferentes tons de pele e vestindo roupas típicas de uma época, evidenciando a riqueza da diversidade na ilustração. A obra utiliza uma técnica de ilustração realista, com detalhes, cores e texturas bastante expressivos, que denotam uma narrativa histórica e social. As cores da imagem são terrosas e quentes, criando uma atmosfera que sugere o passado. A variedade de expressões faciais, posturas corporais e atividades demonstram a complexidade das cenas retratadas, com o foco central no momento de leitura da Bíblia. O cenário sugere um povoado ou vilarejo, no qual diferentes atividades, como ler e cuidar de crianças, são realizadas simultaneamente. A iluminação é levemente suave, criando uma atmosfera serena e ao mesmo tempo dramática, o que provavelmente enfatiza o significado histórico e social do cenário. As sombras e a luz refletida indicam a presença do sol e a forma como a luz modela as cenas. A paleta de cores enfatiza uma atmosfera histórica, mostrando o uso de cores realistas e representativas de um período histórico.
    Crônicas,  Teologia

    O Mistério de Uma Teologia que Sangra e Canta

    A teologia, por vezes, é sequestrada por laboratórios sem vida. É arrancada da terra molhada pela lágrima do pobre, da calçada onde dorme o esquecido, do altar improvisado da casa de um fiel que ora em silêncio diante da dor. Arrancada, embalsamada e colocada em vitrines douradas de academias onde o verbo não se faz carne, mas papel, rodapé e nota de rodapé. Tornou-se, em muitos círculos, uma ciência dos fósseis, um estudo dos ossos de Deus, como se o Eterno pudesse ser arqueologicamente escavado e catalogado por categorias humanas. Leia também: Teologia é para Gente Cansada Mas a teologia verdadeira… ah, essa não cabe em tratados nem se aprisiona…

  • A imagem retrata uma cena serena e intimista de uma família reunida ao redor de uma mesa, em um ambiente rústico, iluminado suavemente pela luz natural que entra pela janela. A atmosfera remete ao estilo renascentista de Leonardo da Vinci, com tons terrosos e composição equilibrada. À mesa, uma mulher, uma jovem menina e dois homens compartilham um momento de refeição e conversa tranquila. Ao fundo, há uma lareira com uma cruz cristã em destaque, reforçando o aspecto espiritual da cena. Detalhes como os jarros de barro, as paredes de pedra, e a decoração simples sugerem um lar do campo em tempos antigos. Apesar de haver uma cesta com ovos coloridos no canto da sala, ninguém parece se importar com eles — todos estão focados uns nos outros, refletindo o verdadeiro sentido da comunhão e, possivelmente, o espírito da Páscoa cristã vivido no dia a dia.
    Crônicas

    Ovos, Coelhos e a Cruz: A Páscoa Aqui em Casa

    “Coelhinho da Páscoa que trazes pra mim…”.Essa musiquinha infantil sempre me deixou embolado. Como assim coelhos trazem ovos? Tá, eu sei, já pesquisei, entendo a metáfora, o símbolo da fertilidade, da renovação e tudo mais. Mas mesmo assim, não me desce. Leia também: Jesus, Entre Dois Reinos: A Dança do Céu e da Terra A verdade é que, há tempos, essa comemoração virou só mais um evento capitalista — daqueles bem embalados pra vender chocolate caro. Aqui na cidade do interior, as lojas ficaram lotadas, gente correndo pra garantir seu ovo de Páscoa, como se a felicidade estivesse escondida dentro de uma casca de chocolate ao leite. Nunca gostei muito…

  • A imagem mostra uma pessoa adulta de expressão séria e melancólica, em destaque no centro da cena, caminhando em uma rua urbana. O ambiente ao redor está levemente desfocado, com figuras humanas indistintas passando ao fundo, o que reforça a sensação de isolamento e invisibilidade. A paleta de cores é composta por tons frios e azulados, transmitindo uma atmosfera de solidão, introspecção e silêncio emocional. As luzes da cidade aparecem borradas, como pequenos pontos de luz desfocados, reforçando a ideia de um mundo ao redor que segue indiferente à dor interna da pessoa retratada.
    Autismo,  Neurodiversidade

    Diagnóstico Autista: A Dor de Ser Invisível

    A sociedade moderna gosta de acreditar que vivemos em uma era de inclusão, onde diferenças são respeitadas e onde todos têm voz. Mas para uma parcela significativa da população, essa “inclusão” ainda é uma promessa distante. Estou falando de pessoas autistas, sobretudo aquelas que carregam a dor silenciosa de viver décadas sem um diagnóstico — e, portanto, sem compreensão, acolhimento ou apoio. Leia também: O Processo Diagnóstico do Autismo em Adultos A dor de não saber Imagine passar a vida inteira com a sensação de não se encaixar, como se falasse um idioma diferente de todos ao seu redor. Pessoas autistas sem diagnóstico vivem assim: conscientes de que são diferentes,…

  • A imagem retrata o apóstolo Paulo discursando no Areópago em Atenas, cercado por filósofos gregos atentos. A cena é ambientada em uma construção clássica com colunas e blocos de pedra, evocando a arquitetura da Grécia Antiga. Um feixe de luz ilumina Paulo de maneira simbólica, destacando sua figura em contraste com as sombras suaves ao redor. A expressão serena e firme de Paulo revela um momento de profundo diálogo e respeito mútuo, enquanto os ouvintes demonstram curiosidade e reflexão. O estilo visual remete à pintura de Rembrandt, com uma composição minimalista, cores terrosas e atmosfera contemplativa.
    Artigo,  Sem categoria

    O Debate na Fé Cristã: Diálogo e Maturidade

    A fé cristã e o cristianismo são, de fato, dois conceitos distintos, ainda que muitas vezes usados de maneira intercambiável. A fé cristã, na sua essência mais pura, é singela, comunitária e busca a maturidade espiritual sem o peso de um domínio hierárquico ou institucional. Por outro lado, o cristianismo, enquanto sistema religioso formalizado, nasce como uma construção do século 3, a partir da aliança entre a Igreja e o Império Romano, quando o imperador Constantino oficializa a romanização da fé cristã e a institucionalização de práticas religiosas em uma vasta rede de poder estatal e religioso. Nesse contexto, o cristianismo, como uma religião instituída, não necessariamente reflete a simplicidade…

  • A imagem retrata uma cena solitária em estilo impressionista, com tons pastéis e terrosos suaves. No centro da composição, há uma pessoa sentada sozinha em um banco de madeira, cercada por uma paisagem outonal. As folhas caídas no chão e as árvores de galhos finos ao fundo sugerem um clima de introspecção e melancolia. A luz suave e difusa transmite uma sensação de silêncio e contemplação, enquanto os traços pincelados expressam emoção e profundidade. A imagem evoca o sentimento de isolamento e solidão abordado no artigo, mas também carrega um toque poético e sensível.
    Autismo,  Neurodiversidade

    Solidão: A Realidade Silenciosa das Pessoas Autistas

    A maioria das pessoas sequer imagina — e, em muitos casos, nem quer saber —, mas a solidão que atinge pessoas autistas é uma das formas mais cruéis e silenciosas de sofrimento que existem. Em uma sociedade moldada por ritmos sociais, expectativas de comportamento e códigos implícitos de interação, a pessoa autista muitas vezes se vê à margem, não por escolha, mas por exclusão. O senso comum costuma repetir que “o autista gosta de ficar sozinho”, como se fosse uma opção deliberada, como quem escolhe uma tarde de descanso. Essa crença ignora o fato de que, para muitos autistas, estar sozinho é menos uma escolha e mais uma consequência. A…

  • Esta imagem apresenta um retrato em estilo barroco, inspirado na estética de Rembrandt, representando um homem idoso de expressão comovente e olhar voltado para o alto, como em súplica ou reflexão profunda. A luz suave e dramática destaca seu rosto e mãos, contrastando com o fundo escuro, típico da técnica do claro-escuro. O semblante cansado, porém cheio de dignidade, transmite vulnerabilidade e fé — evocando a essência da Teologia da Fraqueza. Ao centro, sobreposta à imagem, está a inscrição "Teologia da Fraqueza", com uma tipografia simples e sólida, reforçando o contraste entre fragilidade humana e firmeza espiritual. É uma representação visual poderosa da mensagem do livro.
    Artigo

    A Teologia da Fraqueza como Cosmovisão Cristocêntrica

    Introdução Adquira meu livro Teologia da Fraqueza (Neste artigo discorro sobre ele). Este artigo nasce de uma caminhada pessoal, espiritual e acadêmica. A Teologia da Fraqueza, proposta nesta obra e fruto das minhas reflexões, leituras e experiências, é mais do que uma abordagem sistematizada das Escrituras. Trata-se de uma compreensão existencial da condição humana, especialmente à luz da revelação bíblica e da experiência de um Deus que se manifesta na fragilidade. Em um tempo dominado por discursos triunfalistas, onde o fracasso é ocultado e a fraqueza rejeitada, proponho um retorno à cruz como eixo hermenêutico da espiritualidade cristã. Leia também: O Peso da Glória e a Fraqueza Que Vence o…