• Uma pintura noturna de um barco a remo, sob a luz da lua, com pessoas sentadas e um homem destacado no espelho d'água. A composição da cena é simétrica, com o barco a remo no centro, posicionado horizontalmente. Vários indivíduos, com roupas escuras, estão sentados no barco, com suas silhuetas nítidas em contraste com o fundo escuro. A atenção do espectador é atraída por um homem em destaque no espelho d'água, à frente e um pouco mais à esquerda do barco. O barco está na superfície de um lago e, ao redor, há árvores e cidades noturnas com pequenas luzes. O céu está parcialmente nublado, com a lua brilhante centralizada na imagem. A iluminação é predominantemente criada pela luz da lua, que parece suave e não muito forte. Os detalhes são suaves, não detalhados, em tom escuro. Os principais indivíduos são pessoas vestindo roupas de cor escura, como roupas escuras, com foco na pessoa que está em destaque no espelho da água. Suas poses e expressões são discretas, e a atenção está voltada para o barco como um todo. Há mais pessoas no barco do que é possível distinguir individualmente, e todos estão posicionados de forma relaxada, sem movimentos rápidos. A técnica pictórica é óleo sobre tela, mostrando a aplicação precisa e detalhada de pinceladas para atingir uma atmosfera atmosférica, onde a qualidade suave e a forma escura das cores estão bem balanceadas. A composição utiliza contraste de tons escuros e claros para realçar a presença da luz lunar. A pintura demonstra um profundo conhecimento de perspectiva e composição, colocando foco na atmosfera e no mistério da noite. O cenário é um lago noturno, com uma visão panorâmica da água refletida na luz da lua. A atmosfera geral é calma, tranquila e misteriosa, com a luz da lua como um ponto focal. O espectador sente paz e tranquilidade, e observa o mistério da escuridão e da luz da lua.
    Crítica

    Uma Teologia do Assombro e Outras Assombrações

    Sempre achei curioso — e, confesso, divertido — como certos medos atravessam os séculos intactos. Desde criança, filmes de terror me pareceram uma deliciosa mistura de drama e comédia, com pitadas generosas de suspense e aquele arrepio na espinha que, paradoxalmente, nos faz sentir vivos. Enquanto uns correm para a luz, eu me sentava confortavelmente na penumbra da sala, rindo e me assustando com fantasmas, monstros e demônios de papelão. E de algum modo, desde ali, já construía minha teologia, mesmo sem me dar conta disso. Leia também: De Onde Vem Minha Teologia O curioso, no entanto, é que enquanto eu me divertia, muitos irmãos e irmãs na fé torciam…

  • Uma pessoa jovem sentada sozinha em um ambiente escuro, cercada por grandes engrenagens metálicas e mãos estendidas, transmite solidão, rigidez e opressão.
    Autismo,  Neurodiversidade

    A Rigidez Cognitiva no Autismo Nível 1 e o Vazio Existencial Silencioso

    Imagine viver em um mundo em que qualquer quebra de rotina, qualquer mudança repentina — até mesmo uma simples alteração no caminho habitual — gera um desconforto físico e emocional tão profundo que beira a dor. Não é frescura, não é teimosia, nem uma vontade inconsciente de ser difícil. Para muitas pessoas autistas, sobretudo aquelas com diagnóstico de autismo nível 1 de suporte, isso é uma realidade cotidiana. Leia também: Autismo e Estereótipos sobre a Inteligência O nome técnico para isso é rigidez cognitiva — uma das características mais marcantes, porém mais incompreendidas, do autismo nesse nível. Trata-se da dificuldade em flexibilizar pensamentos, comportamentos e rotinas. O cérebro autista busca…

  • Uma pintura a óleo mostra um pastor sereno carregando um cordeiro nos ombros, em cenário campestre ao crepúsculo, com luz dourada e cores terrosas que realçam tranquilidade e cuidado.
    Análise

    A Parábola da Ovelha Perdida: Uma Análise

    Introdução As parábolas são um dos principais métodos didáticos utilizados por Jesus Cristo nos evangelhos. Por meio de imagens do cotidiano rural, social e religioso da época, Ele ensinava verdades eternas. A parábola da ovelha perdida é um desses exemplos poderosos, presente tanto em Mateus 18.12-14 quanto em Lucas 15.3-7. Apesar da semelhança narrativa, os contextos são distintos e as ênfases teológicas se moldam de acordo com os destinatários e a situação em que Jesus a apresenta. Este artigo busca analisar minuciosamente essa parábola, destacando seus elementos bíblicos, teológicos, culturais e práticos, respeitando os critérios hermenêuticos apropriados para a interpretação das parábolas. Leia também: A Esperança Cristã: Uma Análise de…

  • Jesus está sentado à beira de um poço de pedra, ao ar livre, em um ambiente desértico e antigo. Ele está voltado para a direita da imagem, com o corpo inclinado levemente para frente, fazendo um gesto com a mão direita, como se estivesse explicando algo com calma e autoridade. Veste uma túnica vermelha e um manto azul escuro, com sandálias nos pés. Seu cabelo é castanho claro, longo e ondulado, e sua pele é clara. Diante dele, também sentada à beira do poço, está uma mulher com as mãos unidas sobre os joelhos, em atitude de escuta atenta. Ela usa um vestido marrom com um véu branco cobrindo os cabelos e parte dos ombros. Seus olhos estão bem abertos e fixos em Jesus, demonstrando atenção e surpresa. Ao redor, o cenário é árido, com pedras, vasos de barro e construções antigas ao fundo. O céu está em tons escuros com luz dourada do entardecer iluminando suavemente os dois personagens, realçando o clima solene e espiritual do encontro.
    Artigo

    A Apóstola de Samaria: Da Vergonha às Missões

    Em João capítulo 4, o autor do quarto evangelho nos leva a um dos encontros mais comoventes e teologicamente revolucionários de todo o Novo Testamento. Jesus, o Verbo encarnado, o Logos eterno que fez-se carne e habitou entre nós (Jo 1:14), decide fazer uma parada inesperada — mas planejada — em Samaria. E ali, no calor do meio-dia, à beira do antigo poço de Jacó, ele muda a história não apenas de uma mulher, mas de uma cidade inteira. O encontro com a mulher samaritana é, talvez, o mais claro vislumbre de como a fé cristã é, em sua essência, libertadora. Leia também: O ministério da mulher cristã na igreja…

  • A imagem retrata uma cena cósmica e profundamente simbólica. No centro, uma luz radiante e vertical irrompe como uma manifestação divina, representando Deus em forma de pura luz. Ao redor dessa luz central, uma pauta musical em forma de infinito flutua, com notas musicais brilhantes se espalhando pelo espaço estrelado, sugerindo harmonia eterna e transcendência. No chão nebuloso, dezenas de silhuetas humanas dançam com os braços erguidos, em total liberdade e sintonia com a música cósmica. Cada figura parece conectada ao universo, à luz e à própria existência, compondo uma coreografia espiritual. A imagem evoca uma visão teológica e filosófica da dança como expressão de fé, pensamento e comunhão com o divino, numa estética que une o poético ao sagrado.
    Filosofia

    A Filosofia do Dançar Como Ato de Fé e Liberdade

    Quando falamos em dançar dentro do meio cristão, a palavra escorrega por entre dedos teológicos como se carregasse o peso de uma culpa ancestral. Ela é rapidamente sufocada por olhares austeros e interpretações que, de tão fechadas, tornaram o corpo uma prisão ao invés de expressão. Em muitas tradições cristãs, tudo aquilo que pulsa no corpo é prontamente classificado como carnal, impuro, indigno. A dança, por ser movimento e pulsação, por carregar ritmo, graça e alegria, foi por muito tempo julgada como algo mundano, quase demoníaco. Como se Deus fosse estático, imóvel, preso a um trono de mármore onde os sorrisos morrem e os pés nunca saem do chão. Leia…

  • Crônicas

    As Cicatrizes de Deus e Sua Beleza Eterna

    Há marcas, cicatrizes, que o tempo não apaga. Há dores que não se dissolvem no esquecimento da eternidade. E, estranhamente, há feridas que se tornam glória. No centro da história, entre a cruz e o túmulo aberto, permanece um Deus que não esconde suas cicatrizes. As mãos atravessadas por cravos, o lado rasgado por uma lança, e quem sabe… talvez ainda as marcas dos açoites desenhando sulcos na pele ressuscitada do Filho. Leia também: Encontrando o Deus com Deficiência (tradução) O Deus onipotente não quis ser um Deus sem marcas. No corpo glorificado de Cristo não há ausência de dor passada, há memória redentora. A eternidade agora tem um rosto…