• Um retrato a óleo de uma mulher elegante, vestindo roupas ricas e segurando uma espada e um pequeno travesseiro. A composição do quadro é centrada na figura feminina, posicionada ligeiramente para o centro da tela. A mulher é o foco principal, enquanto outras figuras menos definidas estão presentes no fundo, sugerindo um contexto de uma cena maior. A mulher é representada de frente, olhando diretamente para o espectador. Ela está em uma postura que sugere poder e serenidade. Suas mãos seguram a espada e um pequeno travesseiro de cor vinho. As mãos estão posicionadas de modo que o espectador possa observar os detalhes de cada mão, dando ênfase à peça. Os detalhes incluem a espada, o tecido da vestimenta, os acessórios e o travesseiro. A iluminação da pintura cria sombras e realça as texturas dos tecidos, dando vida e dimensão à figura principal. A figura principal é uma mulher adulta, com uma expressão serena e um ar de autoridade. Ela veste uma roupa ricamente adornada, com detalhes em dourado, indicando status ou importância. O véu e a tiara realçam o seu perfil e destacam sua elegância. Os detalhes dos acessórios, como a joia no pescoço, realçam ainda mais seu perfil e o contexto da obra. A presença de uma espada em sua mão esquerda realça ainda mais seu ar de poder e determinação. O estilo da pintura é característico da pintura holandesa do século XVII. A pincelada é detalhada, com uma renderização cuidadosa das formas, dos tecidos, e da iluminação. As cores são predominantemente terrosas, com tons de dourado, marrom e bege, criando um ambiente sofisticado e histórico. A atenção para os detalhes da roupa é notável, com a representação precisa das dobras e texturas dos tecidos. A iluminação sutil e focada dá profundidade e volume à figura principal. O ambiente é interno, com uma atmosfera de cerimônia ou um cenário palaciano, sugerido pelas paredes e pilastras de fundo, e pelas vestes elaboradas da figura feminina. A iluminação é suave e direcionada, concentrando-se na figura central. A sombra nas paredes e no fundo complementam o enfoque na figura principal, criando um efeito dramático que acentua a sua presença na cena. A atmosfera geral é de serenidade e dignidade, combinando com a postura e expressão da mulher no quadro.
    Crônicas

    A Crônica da Espada, da Almofada e da Noiva

    Era uma terça-feira qualquer quando, entre um café quente e uma notificação no celular, vi um post no Instagram que me arrepiou mais que sermão de domingo em cadeira de plástico. Afirmava, com a segurança típica de quem nunca duvidou da própria ignorância, que a igreja está sendo “feminilizada”. Dizia mais: que a palavra pregada pela mulher já não é espada, mas almofada. E arrematava com um suspiro apocalíptico: “estamos perdendo a essência masculina da Igreja”. Fechei o aplicativo. E respirei. Não por indignação — que já aprendi a digerir com salmos imprecativos —, mas por cansaço. O cansaço de quem vê, todo dia, homens construindo castelos de autoridade sobre…

  • A imagem mostra um jovem homem negro de cabelo cacheado e uma jovem mulher branca de cabelo loiro presos em um intenso olhar um para o outro, separados por um espelho quebrado. As rachaduras do espelho criam fragmentos ao redor de seus rostos, refletindo diferentes ângulos e perspectivas. A luz suave do entardecer reforça a atmosfera contemplativa e simbólica da cena, sugerindo temas como alteridade, identidade e consciência compartilhada.
    Filosofia

    A Consciência do Outro nos Salva do Egocentrismo

    Por séculos, as grandes questões da existência humana giraram em torno de si mesmas: Quem sou eu? ou Qual é o sentido da vida? dominaram as reflexões filosóficas, teológicas e científicas. Porém, ao mergulharmos na complexidade de nossa modernidade — marcada por individualismos exacerbados e um isolamento existencial — é urgente colocarmos em pauta uma pergunta tão essencial quanto as anteriores: Quem é o outro? Por que a minha consciência também o percebe? Leia também: Mitos e Realidades da Psique Humana Essa não é apenas uma indagação social ou ética, mas uma questão profundamente espiritual, filosófica e teológica. Afinal, a consciência, essa dimensão misteriosa de nós mesmos que percebe, sente…

  • A imagem mostra um homem jovem sentado em uma poltrona verde-oliva, com expressão séria e postura introspectiva, em um ambiente acolhedor iluminado por uma luminária de chão. Atrás dele há um grande espelho com um impacto no centro, gerando rachaduras que se espalham em forma circular, simbolizando fragmentação ou crise interior. Ao lado do espelho há uma planta em vaso e, ao pé da poltrona, uma pilha de livros — incluindo volumes antigos que remetem à filosofia e à teologia. A composição visual sugere um momento de reflexão profunda, autoconhecimento e busca por sentido.
    Saúde

    Por Que Faço Terapia: Entre a Razão, a Fé e a Dor

    Vivemos em uma época marcada por paradoxos. De um lado, nunca se falou tanto sobre saúde mental; de outro, nunca estivemos tão doentes emocionalmente. O sujeito contemporâneo, pressionado pelas exigências do desempenho, do consumo e da constante comparação nas redes, carrega um fardo psíquico que o adoece silenciosamente. Diante disso, é legítimo e urgente perguntar: sob qual ponto de vista é justificável que eu — ou qualquer um — faça sessões de terapia, busque ajuda psiquiátrica e se preocupe com a saúde mental? Leia também: Problemas da Teoria dos Quatro Temperamentos A psicologia responde de forma clara: corpo e mente não são entidades separadas. Somos integrais, e tudo o que…

  • A imagem apresenta um par de mãos humanas estendidas na horizontal, vistas de frente, em um estilo barroco inspirado por Rembrandt. A iluminação é dramática, com um fundo escuro que destaca fortemente as mãos e seus detalhes anatômicos. Nos punhos, há marcas profundas de pregos, com cicatrizes evidentes, sugerindo sofrimento, redenção e memória da crucificação. A paleta de cores utiliza tons terrosos e dourados, conferindo à imagem uma atmosfera de reverência e solenidade. A textura lembra pinceladas densas de óleo sobre tela
    Teologia da Deficiência,  Traduções

    Encontrando o Deus com Deficiência (tradução do inglês)

    Fiz parte de várias congregações cuja prática de receber a Eucaristia inclui ir até a frente do santuário e ajoelhar-se no altar de comunhão. Muitas vezes, por estar em uma cadeira de rodas ou usando muletas, um diácono me avisa que não preciso ir até a frente para receber a Eucaristia. Em vez disso, o sacramento me é oferecido no meu assento, após todos os outros terem sido servidos. A congregação está tentando acomodar minha presença no culto. Sem dúvida, estão tentando ser conscientes e inclusivos à sua maneira. Mas, na prática, estão transformando a Eucaristia de uma experiência comunitária em uma experiência solitária para mim — de uma sacralização…

  • Pessoas de diferentes jeitos com ou sem deficiências construindo o templo de uma igreja, logo a cima no centro um vitral irradiando a luz do sol com uma cruz acima no centro.
    Teologia da Deficiência

    Igreja, Deficiência e o Grito Silenciado – Final

    Parte 4 – Reforma inclusiva: do arrependimento à reconstrução As perguntas finais nos empurram para um confronto inadiável. Não se trata mais apenas de olhar para o que não foi feito, mas de encarar o que precisa nascer. Porque se a igreja não se repensar, ela não apenas falha com os irmãos e irmãs com deficiência – ela trai o próprio Cristo, que continua sendo crucificado nos corpos marginalizados e esquecidos. Eis as últimas perguntas: Leia também: Igreja, Deficiência e o Grito Silenciado – 3 I. O Cristo impedido de entrar A pergunta número 10 não é retórica. É dolorosamente real. Se o próprio Cristo – encarnado hoje num corpo…

  • A imagem retrata o interior de uma igreja iluminada pela luz suave do sol que atravessa os vitrais coloridos ao fundo. No centro da cena, em primeiro plano, há uma mulher idosa em uma cadeira de rodas, observando o altar. Ela está de costas, com os cabelos grisalhos iluminados pela luz que entra pelas janelas. À sua frente, os demais fiéis estão em pé, participando do culto ou momento de oração. O ambiente transmite um clima de reverência, espiritualidade e contemplação. O contraste entre a posição sentada da mulher e a postura ereta dos demais fiéis pode simbolizar tanto a diversidade das formas de adoração quanto uma reflexão sobre inclusão e acolhimento na vivência comunitária da fé.
    Teologia da Deficiência

    Igreja, Deficiência e o Grito Silenciado – 3

    Parte 3 – Silêncios cúmplices, discipulados rasos e o corpo invisível Se as primeiras duas partes trataram da teologia e da estrutura, essa terceira se volta à práxis discipular e pastoral. São perguntas desconcertantes porque nos expõem não só como igreja, mas como discípulos. Elas nos fazem olhar no espelho e nos perguntam: que tipo de corpo é esse que chamamos de Corpo de Cristo, mas que vive ignorando partes feridas, silenciadas, não desenvolvidas? Eis as perguntas: Leia também: Igreja, Deficiência e o Grito Silenciado – 2 I. O silêncio cúmplice: quando a omissão se torna pecado Poucas igrejas têm coragem de ser proféticas quando o assunto é deficiência. A…