A Igreja de Dois ou Três, Como Disse Jesus

A igreja que é Igreja não precisa de muitas coisas. Ela não busca ser um espetáculo, uma festa, ou um evento grandioso. Suas reuniões são singelas, sem a necessidade de programações elaboradas ou atrativos artificiais. O essencial é mantido, e o supérfluo é deixado de lado. Não há lugar para distrações que desviem o foco do que realmente importa: a oração, os cânticos e o ensino da Palavra.

Aqui, a Palavra é pura, sem misturas, sem firulas. É servida crua, tal como foi dada, e é aceita assim. Não se procura moldá-la ao gosto de ninguém, pois quem está presente entende que é a Palavra que molda a nossa vida, não o contrário.

A quantidade de pessoas? Pouco importa. “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”, disse Jesus, e isso basta. E esses dois ou três são suficientes para que a igreja seja igreja. Não precisamos de grandes multidões, apenas daqueles que vêm com o coração sincero, dispostos a amar e servir. Não importa quem não está, pois os que estão, estão de verdade. Não há plateia, apenas participantes.

Sacramentos como, a ceia e o batismo, são momentos de união, onde todos compartilham da mesma mesa e do mesmo pão, onde todos passam pelas águas juntos. E não há pressão ou obrigatoriedade em nada. Quem sente no coração o desejo de ofertar, oferta; quem não sente, não é julgado. A liberdade é plena, assim como o amor que nos une.

Esta é a igreja que se reúne para adorar o Pai em espírito e em verdade, os chamados para seguir, para viver o Evangelho, na prática, com a vida, na vida, para a vida. Somos peregrinos, e nossa missão não é conquistar este mundo, mas ser instrumentos na salvação daqueles que o Senhor, em sua infinita graça, escolheu.

Tudo o que fazemos, tudo o que somos, é para Ele, por meio d’Ele e por causa d’Ele. Somos o corpo, e Ele, Cristo, é a cabeça. Não há confusão, não há desvio. Somos a Igreja que é igreja, a igreja de dois ou três, onde tudo o que é feito, é feito para a glória de Deus.

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Casado com Janaína e pai do Ulisses. Tutor da Zaira (Chow-Chow) e do Paçoca (hamster). Escritor por hiperfoco e autista de nascença. Membro e presbítero da Igreja REMIDI e missionário pelo PRONASCE. Teólogo, Filósofo e Pedagogo em formação. Especialista em Docência do Ensino Superior e em Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva. Meus autores preferidos são: Agostinho, Kierkegaard, João Wesley, Karl Barth, Bonhoeffer, Tillich, C. S. Lewis, Stott e alguns pais da igreja. Meus hobbys são: ler, assistir filmes e séries.

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