A imagem apresenta uma cena sombria e contemplativa, com um forte simbolismo religioso e existencial. Em um estreito e escuro corredor formado por construções antigas e desgastadas, um idoso de vestes longas caminha apoiado em uma bengala. A iluminação suave e dourada no horizonte cria um contraste com as sombras profundas ao redor, conduzindo o olhar do observador para o centro da composição. No fundo, um grande crucifixo se ergue sobre um pedestal, iluminado por uma luz celestial, simbolizando esperança, redenção ou um chamado espiritual. O caminho até a cruz parece ser um percurso de provação e reflexão, reforçado pelos detalhes das paredes que contêm objetos antigos, como portas, estátuas e relíquias, possivelmente alusivos a memórias ou julgamentos passados. A cena evoca um sentimento de jornada espiritual, talvez de arrependimento, busca por redenção ou um retorno ao sagrado após uma vida cheia de dificuldades. A presença da cruz ao final do caminho sugere uma mensagem de fé e transcendência diante da decadência do mundo material.
Crônicas

As Promessas que Ecoam na Eternidade

Era uma manhã como tantas outras, o sol despertava timidamente por entre as nuvens, como se hesitasse em iluminar um mundo tão cheio de incertezas. Enquanto caminhava pela rua, observava as pessoas: algumas apressadas, outras distraídas, todas carregando consigo sonhos, desejos, expectativas. E, em meio a esse vai e vem, uma palavra me veio à mente, como um sussurro que insiste em ser ouvido: promessas.

Promessas. Quantas vezes já ouvimos essa palavra? Quantas vezes a repetimos, a esperamos, a desejamos? No mundo cristão, ela se tornou quase um clichê. Há quem a use como moeda de troca, como se Deus fosse um banco celestial, pronto a conceder riquezas e sucesso a quem deposita a fé certa. Outros, cansados de tanto ouvir falar em promessas, preferem ignorá-las, como se fossem apenas palavras vazias, ilusões de um tempo que já não lhes diz respeito.

Mas, em meio a esse ruído, há uma voz que permanece. Uma voz que não se deixa abafar pelos excessos humanos nem pelo ceticismo dos corações feridos. É a voz do próprio Deus, que ecoa nas páginas das Escrituras, nas entrelinhas da história, no silêncio dos corações que O buscam. E essa voz nos lembra: as promessas de Deus não são como as dos homens.

Elas não são feitas de ouro ou prata, não se medem por contas bancárias ou conquistas materiais. Elas são feitas de algo muito mais profundo, muito mais eterno. São promessas que nascem no coração do Pai e se cumprem na pessoa de Cristo. Sim, todas as promessas de Deus encontram seu “sim” e “amém” em Jesus (2 Coríntios 1:20). Nele, somos alcançados por uma realidade que transcende o sucesso aos olhos humanos.

Cristo não prometeu riquezas, mas presença. “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28:20). Ele não prometeu uma vida fácil, mas uma vida plena. “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). E essa vida abundante não se mede pelo que temos, mas pelo que somos nEle: cheios do fruto do Espírito, cheios de amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23).

Quantas vezes, no entanto, confundimos as promessas de Deus com nossos próprios desejos? Quantas vezes esperamos que Ele nos dê o que queremos, em vez de nos transformar no que precisamos ser? As promessas de Deus não são um atalho para o sucesso, mas um caminho para a santidade. Não são garantias de que seremos poupados do sofrimento, mas certezas de que, em meio ao sofrimento, Ele estará conosco.

E há uma promessa que ressoa acima de todas as outras: a promessa de um novo céu e uma nova terra, onde não haverá mais lágrimas, nem dor, nem morte (Apocalipse 21:1-4). Tudo o que vemos hoje, tudo o que acumulamos, tudo o que conquistamos passará. Mas o amor permanecerá. E aqueles que amam a Deus e ao próximo, aqueles que estão unidos a Cristo aqui, já carregam em si a semente da eternidade.

Então, hoje, enquanto o sol se levanta e ilumina mais um dia, lembre-se: as promessas de Deus não falham. Elas não são como as promessas humanas, feitas de palavras frágeis e intenções passageiras. Elas são firmes, eternas, imutáveis. E, mesmo quando não entendemos, mesmo quando o caminho parece escuro, podemos confiar nelas. Porque as promessas de Deus não são sobre o que Ele pode nos dar, mas sobre quem Ele é. E Ele é fiel.

Não desista das promessas. Apenas lembre-se de que elas não são sobre você. São sobre Ele. E, nEle, todas as coisas se cumprem.

“Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós” (2 Coríntios 1:20).

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Casado com Janaína e pai do Ulisses. Tutor da Zaira (Chow-Chow) e do Paçoca (hamster). Escritor por hiperfoco e autista de nascença. Membro e presbítero da Igreja REMIDI e missionário pelo PRONASCE. Teólogo, Filósofo e Pedagogo em formação. Especialista em Docência do Ensino Superior e em Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva. Meus autores preferidos são: Agostinho, Kierkegaard, João Wesley, Karl Barth, Bonhoeffer, Tillich, C. S. Lewis, Stott e alguns pais da igreja. Meus hobbys são: ler, assistir filmes e séries.

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