Introdução
Em todas as suas obras, o filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard tece uma tapeçaria rica e complexa sobre a existência humana. Em algumas delas, ele propõe uma jornada fascinante através de três distintos estágios (estádios) da existência: o estético, o ético e o religioso. Cada estágio representa uma maneira diferente de se relacionar com o mundo e consigo mesmo, culminando na busca por uma fé autêntica e transformadora.
Neste artigo, embarcaremos pela filosofia existencial de Kierkegaard, utilizando a narrativa de Abraão como guia. Através da análise dessa história bíblica, exploraremos os desafios, as conquistas e as nuances de cada estágio da existência humana.
Kierkegaard nos convida a questionar nossas crenças, a examinar nossos valores e a buscar um significado mais profundo para nossas vidas. Ele nos desafia a transcender os limites da lógica e da razão para mergulharmos nas profundezas da fé autêntica.
A história de Abraão serve como um farol nessa jornada existencial. Sua fé inabalável em Deus, mesmo diante de circunstâncias desafiadoras, nos inspira e nos motiva a buscar uma fé autêntica que possa nos guiar através das incertezas da vida.
É importante lembrar que a jornada de cada um é única e individual. Não existe um caminho único e universal para a fé autêntica. O importante é estarmos dispostos a questionar, buscar e refletir sobre nossas crenças e valores.
Kierkegaard afirma,
A história da vida individual se desenrola em um movimento que vai de estádio em estádio e cada um é posto por um salto” Kierkegaard, O. C. VII, p. 210.
Ao combinarmos a filosofia existencial de Kierkegaard com a narrativa de Abraão, podemos obter uma compreensão mais profunda da fé autêntica e do seu papel na vida humana. Essa análise nos permitirá navegar pelos estágios da existência humana com mais clareza e discernimento.
Em cada estágio, analisaremos seus aspectos principais, exemplos práticos e as críticas de Kierkegaard. Utilizaremos a narrativa de Abraão como um fio condutor, explorando como ela se relaciona com cada um dos estágios.
Ao concluirmos esta jornada, teremos uma compreensão mais abrangente da filosofia existencial de Kierkegaard e da fé autêntica. Estaremos mais preparados para navegar pelos estágios da existência humana com mais clareza e discernimento, buscando sempre um significado mais profundo para nossas vidas.
1. O Estágio Estético: Uma Dança com o Prazer Passageiro
No palco da existência humana, Søren Kierkegaard apresenta o estágio estético como uma dança frenética com o prazer passageiro. Nesse palco, o indivíduo se torna um artista da vida, moldando suas experiências em busca de sensações vibrantes e beleza fugaz. A emoção é a musa que o inspira, impulsionando-o a perseguir novas aventuras e paixões.
Como afirma Kierkegaard (1955, p. 35),
a estética em um homem é aquilo pelo qual esse homem é, imediatamente, o que ele é, ele que vive na estética, pela estética, da estética e para a estética que há em si mesmo, vive esteticamente”.
O Artista em Busca da Próxima Obra-Prima
Imagine um pintor consumido pela paixão pela criação. Ele mergulha em cada pincelada, buscando capturar a essência da beleza em suas telas. Cada obra é uma aventura única, um desafio para superar seus limites e expressar sua visão de mundo. A emoção do momento o guia, impulsionando-o a criar com fervor e entusiasmo.
O Amante em Busca da Paixão Intensa
Em outro canto do palco, encontramos o amante que se entrega à intensidade de diversos relacionamentos. Cada novo amor é uma promessa de excitação e descoberta. Ele busca a paixão que o consome, a chama ardente que o faz sentir vivo. A emoção do amor o guia, impulsionando-o a se entregar de corpo e alma a cada nova experiência.
O Hedonista em Busca do Prazer em Tudo
No centro do palco, gira o hedonista, um buscador incansável do prazer em todas as suas formas. Ele experimenta a vida com intensidade, desfrutando da gastronomia, das viagens exóticas, da música envolvente e de tudo que possa proporcionar-lhe sensações agradáveis. A emoção do momento o guia, impulsionando-o a buscar novas experiências que o façam sentir vivo.
A Dança Frenética e Seus Limites
Embora a dança estética seja empolgante e vibrante, ela esconde um paradoxo: o prazer que ela oferece é passageiro e superficial. As experiências estéticas, por mais intensas que sejam, não conseguem saciar a profunda sede da alma humana por significado e realização. A emoção, que inicialmente impulsiona o indivíduo, se torna um tirano, exigindo cada vez mais estímulos para se manter saciada.
O Vazio Existencial e a Busca por Algo Mais
Com o passar do tempo, o vazio existencial se torna cada vez mais evidente. A busca incessante por prazer se assemelha a uma miragem no deserto, deixando o indivíduo frustrado e sem sentido. As experiências estéticas, antes tão vibrantes, agora parecem vazias e repetitivas. A dança frenética se transforma em uma busca desesperada por algo que possa preencher o vazio interior.
O tédio, segundo Kangas (2007, p. 62), configura-se como um locus fenomenológico onde se manifesta o vazio existencial. Nessa experiência, o indivíduo vivencia uma despossessão subjetiva de si mesmo, uma espécie de negação da própria identidade.
Imerso em um mar de efemeridade, o sujeito se entrega à busca incessante por novas possibilidades, abrindo mão de sua essência para se apegar a interesses momentâneos. Essa busca desenfreada por novidades o leva a se sentir vazio, perdido e sem rumo.
A Narrativa de Abraão: Um vislumbre do estágio estético
Embora Kierkegaard utilize a narrativa de Abraão para ilustrar os estágios ético e religioso, podemos identificar alguns elementos que a conectam ao estágio estético. Antes do chamado divino, Abraão vive uma vida comum, seguindo as normas sociais da época. Ele poderia ser visto como um indivíduo no estágio estético, buscando a felicidade e a realização em aspectos superficiais da vida.
A Crítica ao Estágio Estético
Kierkegaard argumenta que o estágio estético, por si só, não é suficiente para alcançar a verdadeira realização humana. A busca incessante por prazer e gratificação imediata leva o indivíduo a um vazio existencial, deixando-o sem sentido e sem propósito na vida. A emoção, embora possa impulsionar o indivíduo inicialmente, se torna um tirano, exigindo cada vez mais estímulos para se manter saciada.
Embora Kierkegaard critique os excessos do estágio estético, ele reconhece sua importância como motor do desenvolvimento humano. A busca por novos interesses impulsiona a inovação, o crescimento pessoal e a transformação da sociedade.
O Chamado para o Próximo Estágio
O vazio existencial do estágio estético pode ser o ponto de partida para a jornada em direção ao estágio religioso. Ao se deparar com a própria finitude e com a superficialidade das experiências estéticas, o indivíduo pode buscar algo mais profundo e transformador: a fé autêntica em Deus.
Segundo Kierkegaard,
O esteta vive de sensações, a cada sensação há um desespero. Vive, pois, no vazio, no constante. O que sobra para quem vive nessa perpétua angustia causada pelo temor de perder sempre o que não quer perder? O esteta é um homem desesperado, quer saiba ele ou não disso. E a solução de seu desespero está em desesperar até a última gota[12]. A solução do seu desespero está em levar o extremo o seu próprio desespero. O único conselho que se deve dar a um esteta é justamente isso: que ele desespere até não poder mais” (Kierkegaard, 2002, p.94).
O estágio estético, com sua busca incessante por prazer e emoções vibrantes, pode ser um palco empolgante, mas também fugaz e superficial. Através da arte, da paixão e do hedonismo, o indivíduo busca preencher o vazio interior e encontrar significado na vida. No entanto, Kierkegaard nos alerta para os perigos da superficialidade e da fuga da realidade que esse estágio pode proporcionar.
Ao se apegar excessivamente aos prazeres passageiros do estágio estético, o indivíduo corre o risco de se distanciar da verdadeira realização humana. A busca incessante por novas experiências e sensações pode levar à frustração, à angústia e à perda de sentido.
Para transcender o estágio estético e avançar em sua jornada existencial, o indivíduo precisa reconhecer as limitações do prazer passageiro e buscar um significado mais profundo para sua vida. É nesse momento que a moral e a fé podem surgir como guias para uma vida mais autêntica e gratificante.
2. O Estágio Ético: Buscando a Ordem na Moralidade
Cansado da efervescência fugaz do estágio estético, o indivíduo busca refúgio na ordem e na responsabilidade do estágio ético. Nesse palco, a razão assume o papel de maestro, guiando o indivíduo em direção à virtude e à coerência com seus valores. O dever se torna a bússola que o orienta, impulsionando-o a agir de forma justa e responsável.
Kierkegaard via no papel do marido fiel e exemplar um protótipo do estágio ético, ele afirma,
É necessário não só querer, mas amar tornar-se um eu mesmo, e isto implica cumprir humildemente o próprio dever no quadro do amor familiar conjugal, na fidelidade resgatada dia após dia, que o habito não enfraquece mais aprofunda”(Kierkegaard, 2002, p.95).
O Profissional Dedicado: Uma Sinfonia de Dever e Excelência
Imagine um profissional que dedica sua vida à sua empresa com excelência e compromisso. Ele segue as regras e normas com rigor, buscando sempre aprimorar suas habilidades e contribuir para o sucesso da organização. A razão o guia em suas decisões, impulsionando-o a agir de forma ética e responsável. O dever se torna a melodia que acompanha seus passos, motivando-o a dar o seu melhor em cada tarefa.
O Cidadão Exemplar: Uma Marcha em Busca da Justiça Social
Em outro canto do palco, encontramos o cidadão exemplar que cumpre seus deveres cívicos com responsabilidade e senso de comunidade. Ele participa ativamente da vida política, engaja-se em ações sociais e busca contribuir para o bem-estar da sociedade. A razão o guia em sua atuação, impulsionando-o a defender a justiça social e a promover o bem comum. O dever se torna o ritmo que marca sua marcha, motivando-o a lutar por um mundo mais justo e igualitário.
O Indivíduo Íntegro: Uma Melodia de Valores e Virtude
No centro do palco, surge o indivíduo íntegro que busca viver uma vida guiada por valores elevados. Ele é honesto, justo, compassivo e busca sempre agir com integridade e ética. A razão o guia em suas decisões, impulsionando-o a agir de forma virtuosa e coerente com seus princípios. O dever se torna a harmonia que acompanha seus passos, motivando-o a ser um exemplo para os demais.
A Busca pela Ordem e Seus Limites
Embora o estágio ético traga estabilidade e propósito à vida, Kierkegaard argumenta que ele também apresenta suas limitações. A moral, por si só, não é suficiente para alcançar a verdadeira realização humana. O indivíduo pode se tornar rígido e conformista, seguindo as regras à risca sem questionar ou buscar algo mais profundo. A fé, nesse contexto, se torna relegada a um segundo plano, vista como um mero complemento à moralidade.
Segundo Giles,
O estádio ético aprofunda a consciência do conflito real entre o universal, ou seja, aquilo que se exige de todos sem exceção e a interioridade da subjetividade […] O homem, neste estágio, age sem precisar de justificativas de ordem racional”(GILES, 1989, p. 10).
A Narrativa de Abraão: Um Dilema Moral e Ético
Na narrativa de Abraão, encontramos um dilema moral e ético que o coloca no centro do estágio ético. Deus ordena que ele sacrifique seu filho Isaac, um ato que viola a moral e a ética da época. Abraão se depara com um conflito entre sua fé em Deus e sua responsabilidade moral como pai.
A Crítica ao Estágio Ético
Kierkegaard critica o estágio ético por sua incapacidade de transcender a lógica e a razão. A moral, por si só, não pode explicar o mistério da fé e o sacrifício que ela exige. O indivíduo no estágio ético pode se tornar preso em um sistema de regras e normas, sem ousar questionar ou buscar algo além daquilo que é considerado moralmente aceitável.
O Chamado para o Próximo Estágio
O dilema moral de Abraão o impulsiona para além do estágio ético. Ao decidir seguir a ordem de Deus mesmo que isso signifique a morte de seu filho, Abraão dá um salto de fé e transcende a moral tradicional. Ele demonstra uma fé absoluta em Deus, mesmo que isso signifique ir contra a sua razão e compreensão humana.
O estágio ético, com sua busca pela ordem na moralidade, oferece estabilidade e propósito à vida. No entanto, ele se mostra incapaz de alcançar a verdadeira realização humana. A moral, por si só, não pode saciar a profunda sede da alma humana por significado e transcendência.
É nesse contexto que a fé autêntica se torna essencial. O salto de fé que Abraão dá ao decidir seguir a ordem de Deus, mesmo que isso signifique a morte de seu filho, demonstra a necessidade de ir além da lógica e da razão. A fé autêntica exige do indivíduo uma entrega total a Deus, mesmo que isso signifique renunciar à sua compreensão humana e aceitar o mistério que envolve a fé.
Os três estágios da existência humana propostos por Kierkegaard não representam uma progressão linear, mas sim caminhos distintos que o indivíduo pode seguir em sua jornada em busca da verdadeira realização. Cada estágio oferece desafios e aprendizados valiosos, contribuindo para o desenvolvimento da fé autêntica.
3. O Estágio Religioso: Um Salto de Fé em Busca da Salvação
No estágio religioso, o indivíduo transcende as limitações da moral e se lança em um salto de fé em busca da salvação da sua alma. A fé em Deus se torna o centro da sua vida, guiando suas ações, decisões e valores. A relação direta com o Absoluto o preenche com um sentido profundo e transformador.
É nesse estágio que transcendemos rumo ao divino, e Kierkegaard declara,
Porque aquele que se amou a si próprio foi grande pela sua pessoa; quem amou a outrem foi grande dando-se; mas o que amou a Deus foi o maior de todos. A história celebrará os grandes homens […] Aquele que lutou contra o mundo, foi grande triunfando do mundo, o que combateu consigo próprio foi grande pela vitória que alcançou sobre si – mas aquele que lutou contra Deus foi o maior de todos (KIERKEGAARD, 1979, p. 118).
O Santo: Uma Vida Dedicada à Santidade
Imagine um santo que dedica sua vida à religião, buscando a santidade através da oração, da meditação e da entrega total a Deus. Ele vive em um monastério, reza horas por dia, pratica o jejum e se dedica a atos de caridade. A fé é a força que o impulsiona, guiando-o em sua busca pela santidade e pela união com Deus.
O Fiel Devoto: Uma Vida Guiada pelos Ensinamentos da Fé
Em outro canto do palco, encontramos o fiel devoto que segue os ensinamentos da sua fé com amor e entusiasmo. Ele participa ativamente das atividades religiosas, reza diariamente, lê a Bíblia e busca viver de acordo com os valores da sua fé. A fé é a bússola que o guia, impulsionando-o a viver uma vida justa, compassiva e amorosa.
O Indivíduo em Busca da Transcendência
No centro do palco, surge o indivíduo em busca da transcendência, que busca uma conexão profunda com Deus através da fé e da espiritualidade. Ele medita, contempla a natureza, busca orientação espiritual e se esforça para viver uma vida em sintonia com os valores divinos. A fé é a ponte que o conecta ao Absoluto, proporcionando-lhe experiências de paz interior, amor e plenitude.
O Desafio do Salto de Fé
O estágio religioso exige do indivíduo um salto de fé, um ato de entrega total a Deus que transcende a lógica e a razão humana. É preciso abandonar as certezas e o controle para se abrir ao mistério da fé e à vontade divina. Esse salto pode ser desafiador e gerar dúvidas, mas é através dele que o indivíduo pode alcançar a verdadeira realização humana.
Portanto Kierkeggar conclui,
O amor de Deus é, para mim, a um tempo na razão inversa, incomensurável com toda a realidade […] A fé é a mais alta paixão de todo homem. Aquele que chegou até a fé, e pouco importa que tenha dons eminentes ou que seja uma alma simples, esse não se detém na fé; indignar-se-ia até se lho disséssemos” (KIERKEGAARD, 1979, p. 127 e 185).
A Narrativa de Abraão: Um Exemplo de Fé Autêntica
A narrativa de Abraão é um exemplo paradigmático de fé autêntica no estágio religioso. Para Kierkegaard “a fé começa precisamente onde acaba a razão” (KIERKEGAARD, 1979,p. 135). Ao decidir seguir a ordem de Deus e sacrificar seu filho Isaac, Abraão demonstra uma fé inabalável em Deus, mesmo que isso signifique ir contra a sua razão e compreensão humana. Ele se entrega totalmente à vontade divina, abrindo mão de seus próprios desejos e expectativas.
Críticas ao Estágio Religioso
Kierkegaard reconhece que o estágio religioso é o mais elevado dos três, mas também o mais difícil de alcançar. Ele exige um salto de fé que desafia a lógica e a razão humana, abrindo mão das certezas e do controle para se entregar à fé em Deus. Essa entrega total pode ser desafiadora e gerar dúvidas, angústia e sofrimento.
A Importância da Crítica
As críticas ao estágio religioso servem para nos lembrar que a fé não é um caminho fácil e sem desafios. É preciso estar disposto a questionar suas crenças, enfrentar dúvidas e angústias, e buscar uma fé que seja profunda, autêntica e capaz de nos levar além dos limites da lógica e da razão.
Conclusão
Ao concluirmos nossa jornada pelos estágios da existência humana em Kierkegaard, à luz da narrativa de Abraão, chegamos a um ponto crucial em nossa busca por fé autêntica. Cada estágio nos ofereceu aprendizados valiosos, desafios a serem superados e reflexões profundas sobre a condição humana.
No estágio estético, exploramos a busca incessante por prazer e emoções vibrantes. Através da arte, da paixão e do hedonismo, o indivíduo busca preencher o vazio interior e encontrar significado na vida. No entanto, Kierkegaard nos alerta para os perigos da superficialidade e da fuga da realidade que esse estágio pode proporcionar.
No estágio ético, o indivíduo busca ordem, estabilidade e propósito na vida através da moral e da virtude. Ele segue regras, cumpre seus deveres e busca viver uma vida justa e responsável. No entanto, Kierkegaard nos convida a ir além da moral tradicional, questionando suas limitações e buscando uma fé que transcenda a lógica e a razão.
No estágio religioso, o indivíduo se lança em um salto de fé em busca da salvação da sua alma. A fé em Deus se torna o centro da sua vida, guiando suas ações, decisões e valores. Através da entrega total a Deus, o indivíduo busca um significado profundo e transformador para sua existência.
A narrativa de Abraão serve como um farol nessa jornada existencial. Sua fé inabalável em Deus, mesmo diante de circunstâncias desafiadoras, nos inspira e nos motiva a buscar uma fé autêntica que possa nos guiar através das incertezas da vida. A história de Abraão nos ensina sobre a importância da entrega total, do salto de fé e da aceitação do mistério da fé.
É importante lembrar que a jornada de cada um em busca da fé autêntica é única e individual. Não existe um caminho único e universal para a fé. O importante é estarmos dispostos a questionar, buscar e refletir sobre nossas crenças e valores, sem medo de enfrentar dúvidas e desafios.
A filosofia existencial de Kierkegaard nos oferece um mapa valioso para navegarmos pelos estágios da existência humana e buscarmos uma fé autêntica.
Referências
GILES, Thomas Ransom. História do Existencialismo e da Fenomenologia. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Ltda, 1989
KANGAS, D. J. Kierkegaard’s instant: on beginnings. Bloomington: Indiana UP, 2007.
KIERKEGAARD, S. O conceito de angústia: uma simples reflexão psicológico-demonstrativa direcionada ao problema dogmático do pecado hereditário de Vigilius Haufniensis. Tradução: Álvaro Valls. Petrópolis: Vozes, 2011.
______. Estética y ética: en la formación de la personalidad. Traducción: Armand Marot. Buenos Aires: Nova, 1955.
______ Migalhas filosóficas: ou um bocadinho de filosofia de João Clímacus. Tradução: Álvaro Valls. Petrópolis: Vozes, 1995.
______. Ponto de Vista Explicativo de Minha Obra como Escritor. Tradução de João Gama. Lisboa: Edições 70, 2002.
______. Post Scriptum: no científico y definitivo a “migajas filosóficas”. Traducción: Javier Teira e Nekane Legarreta. Salamanca: Ediciones Sígueme, 2010
______. Temor e Tremor (Coleção os Pensadores). Tradução Maria José Marinho. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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Casado com Janaína e pai do Ulisses. Tutor da Zaira (Chow-Chow) e do Paçoca (hamster). Escritor por hiperfoco e autista de nascença. Membro e presbítero da Igreja REMIDI e missionário pelo PRONASCE. Teólogo, Filósofo e Pedagogo em formação. Especialista em Docência do Ensino Superior e em Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva. Meus autores preferidos são: Agostinho, Kierkegaard, João Wesley, Karl Barth, Bonhoeffer, Tillich, C. S. Lewis, Stott e alguns pais da igreja. Meus hobbys são: ler, assistir filmes e séries.