A Normalidade da Diferença

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O que muitas pessoas não conseguem compreender é que o cérebro de uma pessoa neurodiversa funciona de maneira distinta do que a sociedade impõe, e isso se reflete em suas ações, quer ela queira ou não. É preciso compreender que nisto também está a normalidade.

É difícil entender que cerca de 2% da população mundial é neuroatípica, como autistas e pessoas com TDAH. Daí a falta de empatia para aceitar o diferente.

O autista, por exemplo, pode emitir sons ou fazer movimentos incomuns. Isso não tem nada a ver com as outras pessoas ou com o desejo de incomodar, mas com a necessidade de autorregulação.

Da mesma forma, uma pessoa hiperativa pode apresentar impulsividades incomuns à maioria das pessoas ao seu redor ou aprender e entender as coisas de modo mais lento. Isso não é incapacidade ou negligência, mas uma característica cerebral que faz a pessoa funcionar assim.

Até alguns anos atrás, pessoas neurodiversas eram obrigadas a viver isoladas da sociedade ou mesmo confinadas em instituições, por isso muitos dizem que “antigamente isso não existia”.

Claro que existia. O que existia em menor quantidade era a empatia, pois o diferente era frequentemente visto como bruxaria ou ação do diabo.

Os tempos mudaram e nós precisamos mudar também, abraçar o diferente, entender e aceitar que há coisas que não podem ser mudadas. Pelo contrário, quem se julga parte do dito “normal” é quem precisa mudar.

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Paulo Freitas

Paulo Freitas

Paulo Freitas é teólogo, filósofo, professor e presbítero. Autista, escreve sobre fé, fragilidade, dor, neurodiversidade e tudo o que nos torna profundamente humanos.

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