• A imagem mostra dois perfis humanos frente a frente, cada um com o cérebro visível. O cérebro à esquerda é azulado, com conexões em tons de laranja e aparência geométrica, sugerindo lógica e estrutura — simbolizando o cérebro autista. O cérebro à direita é em tons quentes, com formas mais orgânicas, representando o cérebro neurotípico. Entre ambos, há uma ponte luminosa conectando suas testas, simbolizando a tentativa de compreensão mútua e o conceito da “dupla empatia”. O fundo é neutro e minimalista, transmitindo uma sensação científica e reflexiva.
    Autismo,  Neurodiversidade

    A Sinceridade Inconveniente da Pessoa Autista

    É curioso como a sociedade prega a importância da autenticidade, mas parece entrar em colapso quando encontra alguém que a pratica em sua forma mais pura. O autista, aquele sujeito que fala o que pensa sem adornos, sem os floreios exigidos pela etiqueta social, acaba sendo tachado de ríspido, inconveniente ou até insensível. O mais intrigante, contudo, é que não são outros autistas que o percebem assim, mas sim as pessoas neurotípicas — ou, como muitos autistas têm preferido chamar, os alistas. Leia também: Autismo: Deficiência e Neurodiversidade A ironia é evidente: o mesmo grupo que defende a empatia como um valor universal parece ter dificuldades em aplicá-la quando a…

  • A imagem mostra uma ultrassonografia em tons de cinza de um feto em gestação, vista típica de exames pré-natais. Sobreposta à imagem está um grande “X” vermelho, em traços grossos e chamativos, sugerindo a ideia de cancelamento ou rejeição. No canto superior direito, há o texto “Solottot Abortion”, reforçando a associação com a temática do aborto seletivo. O contraste entre a delicadeza da imagem fetal e a marca vermelha cria uma forte carga simbólica, crítica e provocativa, remetendo à discussão sobre eugenia e decisões reprodutivas baseadas em diagnósticos genéticos.
    Política,  Saúde,  Sociedade

    Eugenia Abortiva: O Silêncio que Elimina os Indesejáveis

    Vivemos numa era em que os avanços da medicina genética e os testes pré-natais trouxeram conquistas inegáveis à saúde materno-infantil. No entanto, também revelaram uma face obscura da sociedade moderna: a crescente aceitação da eugenia abortiva — uma prática sistemática de eliminação de vidas consideradas “imperfeitas” ainda no ventre materno. A expressão pode parecer forte, mas é a mais apropriada quando analisamos o que está acontecendo com os bebês diagnosticados com Trissomia 21 (síndrome de Down) e outras condições genéticas na Europa e em muitos outros lugares. Leia também: O Papel da Igreja na Prevenção do Suicídio entre Pessoas Autistas Em países como Islândia, Dinamarca, Holanda e Reino Unido, os…

  • A imagem retrata dois jovens em uma cena delicada e emocionalmente simbólica. Eles estão de frente um para o outro, com os rostos próximos e os olhos fixos, transmitindo serenidade, empatia e conexão profunda. Suas mãos quase se tocam no centro da composição, formando um gesto de sintonia silenciosa. Ao redor deles, ondas suaves em tons pastel — azul, rosa e lilás — criam um ambiente abstrato e acolhedor, como se estivessem envoltos em uma nuvem de sensibilidade mútua. A luz ao fundo é suave e dourada, sugerindo um espaço íntimo de compreensão e aceitação. A cena evoca a ideia de dois autistas se reconhecendo além das palavras — uma comunicação feita de silêncio, sensações e gestos sutis.
    Autismo,  Neurodiversidade

    Amor no Espectro: Autistas, Afinidades e Relacionamentos Amorosos

    O amor é, por essência, um fenômeno complexo — e, quando olhamos através da lente da neurodivergência, essa complexidade se aprofunda e adquire novos contornos. Um tema que vem emergindo com força no campo da neurodiversidade é o fato de que pessoas autistas costumam formar relações afetivas — inclusive casamentos — com outras pessoas autistas, mesmo antes de qualquer diagnóstico formal. Embora faltem estudos quantitativos de longa duração sobre esse fenômeno, já há pesquisas qualitativas e análises científicas que ajudam a compreender essa tendência. Leia também: Solidão: A Realidade Silenciosa das Pessoas Autistas De forma surpreendente — ou talvez não —, relatos de casais que apenas após anos de relacionamento…

  • A imagem mostra um ambiente acolhedor e educativo, onde um grupo diverso de adultos e crianças está reunido ao redor de uma mesa realizando atividades artísticas e pedagógicas. As pessoas estão sorrindo e interagindo de maneira harmoniosa. Na mesa há desenhos coloridos, lápis, brinquedos educativos e blocos de montar. O cenário parece ser uma sala de aula inclusiva ou um espaço comunitário, decorado com bandeirolas coloridas e quadros nas paredes, transmitindo um clima de apoio, inclusão e alegria. A interação entre adultos e crianças sugere um ambiente de aprendizado colaborativo e afetivo, possivelmente relacionado à conscientização sobre o autismo e outras necessidades educativas.
    Autismo

    Análise Crítica do Discurso sobre o Autismo no Brasil

    Nos últimos anos, o debate sobre o aumento nos diagnósticos de transtorno do espectro autista (TEA) tem crescido não apenas nos círculos acadêmicos e médicos, mas também no senso comum. Recentemente, um artigo publicado no R7, intitulado “Por que o Brasil vive uma epidemia de diagnóstico de autismo?“, assinado pelo psiquiatra Joel Rennó Jr., trouxe à tona uma visão alarmista e, acima de tudo, falaciosa sobre a questão. Este texto busca demonstrar, com base científica e lógica argumentativa, por que a narrativa apresentada é inadequada, perigosa e desinformativa. Leia também: O Processo Diagnóstico do Autismo em Adultos 1. O Falso Alarme: A Falácia da Epidemia O principal equívoco do artigo…

  • A imagem é um pôster promocional da série Murderbot, da Apple TV+. À esquerda, em destaque, está o título “MURDERBOT” em letras grandes e laranja vibrante, com uma tipografia futurista. À direita, vemos o rosto de um homem — que parece ser parcialmente humano e parcialmente robô — encaixado em um corpo mecânico, com fios expostos e fumaça saindo do pescoço, sugerindo danos ou transformação. O contraste entre a expressão melancólica do rosto e a brutalidade metálica do corpo evidencia o conflito entre humanidade e máquina, tema central da série. O logotipo da Apple TV+ aparece na parte superior.
    Nerd,  Neurodiversidade

    Crítica da Série: Diários de um Robo Assassino – Uma Ode Neurodivergente

    Por trás do título que parece ter saído diretamente de uma prateleira de filmes B dos anos 80, Diários de um Robo Assassino — produção original da Apple TV baseada na série de livros MurderBot Diaries, da escritora Martha Wells — esconde-se uma obra inesperadamente delicada, inteligente e… neurodivergente. Leia também: Crítica: Adolescência – Série Brutal e Necessária A trama acompanha um androide de segurança que conseguiu burlar seu próprio código de controle e, com isso, ganha autonomia de pensamento. Aparentemente uma ameaça de proporções catastróficas, esse “Robo Assassino” (nome que ele mesmo escolheu, ironicamente) não tem interesse algum em matar humanos — ele só quer ficar sozinho, assistir sua novela sci-fi…

  • A imagem mostra uma bandeira branca tremulando ao vento, estampada com o símbolo do infinito colorido, representando o orgulho autista. O infinito exibe tons vibrantes em arco-íris com textura semelhante a aquarela, sugerindo diversidade neurológica. Ao fundo, vê-se um céu azul com nuvens suaves, transmitindo leveza e esperança. Na parte inferior da imagem, há silhuetas de pessoas diversas, em pé, lado a lado, simbolizando resistência, apoio e união na luta por visibilidade e inclusão das pessoas autistas.
    Autismo,  Neurodiversidade

    Dia do Orgulho Autista: O Que Realmente Celebramos

    Hoje, 18 de junho, é celebrado o Dia do Orgulho Autista. Para quem vê de fora, talvez pareça contraditório: como alguém pode sentir orgulho de um transtorno? De fato, em sã consciência, ninguém se orgulha de viver com dificuldades sensoriais, sociais ou cognitivas. O orgulho que se celebra hoje, portanto, não é o da condição em si, mas da resistência. É a afirmação da vida, da dignidade, da permanência diante de um mundo estruturalmente capacitista. Leia também: Liberdade Autista: Busca pela Autenticidade Esse dia nasceu da necessidade de contar outras histórias — histórias que por muito tempo foram silenciadas, distorcidas ou ignoradas. A celebração é uma espécie de grito coletivo…