Uma Crítica à Monocultura das Conversas
Há uma teoria popular e repetida à exaustão — “política, religião e futebol não se discutem”. Ironicamente, é sobre isso que mais se discute. Parece até que esses três eixos se tornaram os únicos sustentáculos do diálogo cotidiano, como se fossem as últimas colunas em pé de uma civilização falida em repertório. O que era para ser evitado se tornou o prato principal, e qualquer outro assunto, se não orbitando ao redor desses temas, é descartado como irrelevante, chato ou intelectual demais. Leia também: Conversas: Entre o Respeito e o Ruído O problema não é falar de política, religião ou futebol, mas reduzir toda possibilidade de conversa a esses três…
Conversas: Entre o Respeito e o Ruído
Vivemos numa era em que tudo se diz, mas nem tudo precisa ser dito. Em nome da liberdade, muitas conversas ultrapassam os limites do saudável e mergulham em exposições desnecessárias, ofensivas ou que simplesmente não edificam. Não falo aqui de censura, mas de discernimento — aquele velho e esquecido senso de limite que nos ajuda a filtrar o que deve ser falado, com quem, onde e por quê. Leia também: O Debate na Fé Cristã: Diálogo e Maturidade Um exemplo disso são as conversas de cunho sexual em que se expõe a intimidade própria ou alheia. Confundir isso com uma conversa sobre sexualidade é um equívoco. Falar sobre sexualidade é…