• A imagem mostra uma Bíblia aberta sobre um mapa antigo, evocando a era do colonialismo. Ao redor da Bíblia, repousa uma corrente de ferro enferrujada, simbolizando a escravidão. A luz dourada que ilumina a cena vem da lateral superior direita, criando um contraste simbólico entre a opressão representada pela corrente e a liberdade e fé simbolizadas pela Bíblia. A composição sugere uma tensão entre o uso da religião para justificar a escravidão e seu poder libertador quando lida à luz do Evangelho. É uma imagem altamente simbólica e representativa de debates históricos, teológicos e éticos sobre o papel do cristianismo na escravidão.
    Ensaios,  Sociedade

    Entre a Cruz e os Grilhões: A Escravidão e a Ambivalência Histórica do Cristianismo

    Introdução A escravidão foi uma das instituições mais cruéis e persistentes da história humana. Entre os séculos XV e XIX, milhões de africanos foram arrancados de suas terras e submetidos a uma existência de servidão, violência e desumanização. O que causa perplexidade é o fato de que, durante grande parte desse período, o Cristianismo — a religião do Deus encarnado como servo — foi usado tanto para justificar quanto para combater a escravidão. Este ensaio propõe uma análise teológico-histórica dessa ambivalência, comparando as justificativas oferecidas por católicos e protestantes, tanto a favor quanto contra a escravidão. A partir disso, refletimos sobre a relação entre fé e poder, Bíblia e ética,…

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    7 chaves para uma leitura bíblica satisfatória

    Desde 1999 tenho me envolvido ativamente com a teologia, leitura e estudo da Bíblia, nunca, nesse tempo, deixei de lado pegar as Escrituras e me demorar em um texto para tentar entender ao máximo algo que algum autor bíblico tenha dito. Mas, claro, nem sempre eu fui assim. Quando fui para a igreja ouvia sempre o pastor dizer que deveria ler a Bíblia, porém, apesar de tentar mal começava e já havia parado. Hoje consigo perceber qual foi meu problema e o que me fazia abandonar a leitura. Na realidade comecei a resolver meu problema ainda aos 19 anos de idade, só que apenas depois de me formar em teologia…