• Uma arte abstrata vibrante que representa os discípulos de Jesus demonstrando amor ao próximo. Cores quentes e formas fluidas simbolizam compaixão, união e serviço, refletindo o verdadeiro significado do amor ágape.
    Artigo

    Amor Ágape: Sofrimento, Perdão e Discernimento Bíblico

    O conceito de amor ágape é um dos mais profundos e desafiadores da teologia cristã. Ele representa o amor divino, incondicional e sacrificial, conforme revelado nas Escrituras. No entanto, uma compreensão equivocada desse amor pode levar a distorções perigosas que justificam abusos, anulam a justiça e promovem um sofrimento desnecessário. Neste artigo, analisaremos criticamente algumas questões relacionadas ao amor ágape, como seu papel no sofrimento, no perdão e no discernimento em nossas relações interpessoais, com base no testemunho bíblico e na reflexão teológica. No acampamento da Missão Nasce ministrei sobre o Ágape, mas depois algumas pessoas me fizeram algumas perguntas que achei interessante tratá-las neste texto. O Amor Sofre, Mas…

  • Crônicas

    Morrer Para Viver: O Chamado do Discípulo

    Nós, cristãos, somos chamados para morrer. Esta é uma verdade que Cristo expressou claramente, quando disse aos seus discípulos: “Sereis minhas testemunhas” (Atos 1:8). A palavra grega usada para “testemunhas” é melhor traduzida por “mártires” – aquele que está disposto a dar sua vida pela causa de Jesus. Ser discípulo de Cristo implica em assumir, desde o início, que nossa vida já não nos pertence, mas está sujeita ao propósito divino. Há uma tendência no mundo atual de se falar em “cristofobia” – o medo ou ódio ao cristianismo e seus seguidores. Mas, quando somos perseguidos, caluniados ou até mortos por amor a Cristo, o que está acontecendo é o…

  • Crônicas

    A Beleza da Simplicidade na Vida Cristã

    Vivemos em um mundo que anseia por ideais inatingíveis, um lugar onde a maioria espera ser ou ter aquilo que continua para ser conquistado. Este anseio não é alheio ao ambiente da fé. Dentro da igreja, muitos cristãos vivem na expectativa do que ainda não possuem, na algibeira do ainda por vir. Esperam algo extraordinário, clamam por manifestações espetaculares, desejam o que há de sobrenatural como um selo de que Deus está ali. Aparentemente, ninguém quer se alegrar com o ordinário, com aquilo que se repete dia após dia e parece pouco digno de nota. Contudo, na fé cristã há uma beleza inigualável na previsibilidade das promessas de Deus. Por…

  • Crítica

    Sobre Igrejados e Desigrejados

    É curioso observar como, ao longo dos séculos, o cristianismo institucionalizado foi se transformando em uma série de rituais, normas e tradições que, embora pudessem ter seu valor em determinados contextos, acabaram muitas vezes obscurecendo o cerne do que deveria ser o Evangelho de Cristo. O movimento dos desigrejados, que frequentemente é criticado pela sua escolha de abandonar as estruturas institucionais da igreja, nos leva a refletir sobre questões fundamentais do relacionamento do ser humano com Deus, e a crítica a eles não deveria existir sem uma crítica paralela ao que chamo de “igrejados” — aqueles que permanecem na igreja institucional, mas que, em muitos casos, também perdem o foco…

  • Saúde

    Religião e Suicídio: Quando a Fé Não é a Resposta Imediata

    O suicídio é um tema delicado e frequentemente envolto em tabus. Um dos mais comuns, especialmente entre os círculos religiosos, é a crença de que a religião pode resolver tudo, até mesmo pensamentos suicidas. No entanto, afirmar que a fé ou doutrinas religiosas são a resposta automática para quem enfrenta crises suicidas pode ser não apenas equivocado, mas perigoso. A confusão que isso gera pode agravar a situação de quem já está em estado de desespero, e o que essas pessoas menos precisam é de mais incertezas ou pressões espirituais. Leia também: Como Ajudar Alguém com Ideações Suicidas Religiões, em geral, costumam reivindicar a posse da verdade, o que, por…

  • Crônicas

    O Merthiolate que Não Arde e a Sociedade que Não Sente

    Na prateleira do tempo, há quem sinta saudade de uma época onde o merthiolate ardia. Esses, nostálgicos do desconforto, parecem lamentar a perda de uma dorzinha que, para eles, fazia a diferença entre a infância e o hoje. O que me espanta é o carinho com que abraçam essa lembrança, como se aquele ardor fosse uma espécie de rito de passagem, um batismo de fogo que validasse o sofrimento e, por conseguinte, a maturidade. Crescemos com a ideia de que o sofrimento molda o caráter, de que a dor é uma ferramenta indispensável para esculpir uma vida digna. Não nego que a dor tem sua função; ela ensina, alerta, amadurece.…