• Esta imagem apresenta um retrato em estilo barroco, inspirado na estética de Rembrandt, representando um homem idoso de expressão comovente e olhar voltado para o alto, como em súplica ou reflexão profunda. A luz suave e dramática destaca seu rosto e mãos, contrastando com o fundo escuro, típico da técnica do claro-escuro. O semblante cansado, porém cheio de dignidade, transmite vulnerabilidade e fé — evocando a essência da Teologia da Fraqueza. Ao centro, sobreposta à imagem, está a inscrição "Teologia da Fraqueza", com uma tipografia simples e sólida, reforçando o contraste entre fragilidade humana e firmeza espiritual. É uma representação visual poderosa da mensagem do livro.
    Artigo

    A Teologia da Fraqueza como Cosmovisão Cristocêntrica

    Introdução Adquira meu livro Teologia da Fraqueza (Neste artigo discorro sobre ele). Este artigo nasce de uma caminhada pessoal, espiritual e acadêmica. A Teologia da Fraqueza, proposta nesta obra e fruto das minhas reflexões, leituras e experiências, é mais do que uma abordagem sistematizada das Escrituras. Trata-se de uma compreensão existencial da condição humana, especialmente à luz da revelação bíblica e da experiência de um Deus que se manifesta na fragilidade. Em um tempo dominado por discursos triunfalistas, onde o fracasso é ocultado e a fraqueza rejeitada, proponho um retorno à cruz como eixo hermenêutico da espiritualidade cristã. Leia também: O Peso da Glória e a Fraqueza Que Vence o…

  • A imagem retrata um homem de aparência sofrida, com expressão de dor e introspecção. Ele tem cabelos escuros, barba e marcas de ferimentos no rosto e no peito, que parecem ser cicatrizes recentes. Seu torso está parcialmente descoberto, envolto por um pano simples, e suas mãos tocam suavemente as feridas no peito, sugerindo um gesto de autoafirmação ou reflexão sobre sua dor. A iluminação dramática destaca seu rosto e corpo contra um fundo escuro, criando um efeito de chiaroscuro que reforça a atmosfera emocional da cena. No lado direito da imagem, sombras projetadas na parede parecem formar figuras humanas, o que pode simbolizar uma presença invisível ou um conflito interno. A estética da obra remete a uma representação artística clássica e realista, possivelmente inspirada em imagens de Cristo após a crucificação, evocando temas de sofrimento, redenção e humanidade.
    Crônicas

    O Peso da Dor e o Silêncio dos Cúmplices

    Há uma diferença abissal entre vitimização e a simples narração do sofrimento. Vitimização é quando alguém, de forma deliberada ou inconsciente, se coloca perpetuamente no papel de vítima para evitar responsabilidades, manipular situações ou justificar a própria inércia. Mas falar da dor que carregamos, nomear as feridas que nos marcaram, apontar os agressores que nos machucaram — isso não é vitimismo. É sobrevivência. Leia também: O Paradoxo do Desagradável Salvador Quantas vezes o grito do ferido é abafado pelo discurso fácil de quem nunca sentiu o mesmo corte? “Pare de reclamar”, “supere”, “isso é vitimização” — frases que, não raro, saem da boca daqueles que ou são os algozes ou…

  • Crônicas

    O Peso da Glória e a Fraqueza Que Vence o Mundo

    No silêncio do Gólgota, a madeira da cruz se erguia, símbolo aparente de derrota e humilhação. Para os olhos humanos, era apenas mais uma crucificação, uma entre tantas que o Império Romano executava com precisão e brutalidade. Mas havia algo naquele madeiro que transcendia o tempo, algo que o peso da madeira não poderia carregar sozinho. Cristo não levava apenas o fardo físico da cruz. Ele carregava o peso invisível de todas as transgressões, todas as culpas, toda a condenação que cabia a nós, os que haviam se distanciado da vida em Deus. Em cada passo dolorido em direção ao Calvário, Jesus não caminhava sozinho; caminhava com o fardo do…