• A imagem retrata uma cena crítica e simbólica do que parece ser uma igreja transformada em espetáculo. No centro, sobre o púlpito, está um homem vestido como um palhaço, fazendo gestos dramáticos como um pregador. O ambiente é uma tradicional igreja cristã com vitrais, altar e bancos de madeira, mas completamente distorcida em sua função original. O chão está coberto por lixo de pipoca e outros restos de lanche, como em um cinema ou circo. Os fiéis, em vez de orar ou prestar atenção ao sermão, estão com celulares erguidos, tirando fotos ou gravando vídeos do palhaço-pregador — evidenciando uma cultura de espetáculo, vaidade e culto à imagem. A atmosfera é escura, com iluminação teatral, criando um contraste entre a solenidade arquitetônica da igreja e a banalização de seu uso. A cena é uma crítica visual contundente ao que muitos veem como a transformação da fé cristã em entretenimento vazio e performático.
    Crônicas

    O Eu-angelho Segundo o Picadeiro

    E subiram ao púlpito como quem sobe ao palco. Acenderam os refletores, ajustaram o microfone, e ao fundo tocava uma trilha sonora épica. Começa o espetáculo ao eu-angelho: o culto do coach ungido, do pastor mirim com milhões de seguidores, do influencer convertido na última live, devidamente batizado em águas digitais. A comunidade evangélica brasileira virou trending topic, e não foi por amor ao próximo, mas por devoção à próxima polêmica. A política foi elevada ao altar, onde o mandamento do amor cedeu lugar ao ódio justificado por versículos fora de contexto. Amar o inimigo? Só se ele votar certo. O resto é “guerra espiritual”. Enquanto isso, os púlpitos se…

  • A imagem retrata um grupo de homens e mulheres simples, reunidos ao redor de uma mesa modesta em um ambiente rústico, iluminado apenas pela luz suave de velas. O estilo visual remete diretamente ao mestre barroco Rembrandt, com uso intenso de sombras dramáticas e iluminação focada nos rostos e nas mãos, criando uma atmosfera de reverência e intimidade. Ao centro da cena, uma mulher segura uma vela com as duas mãos, iluminando seu rosto sereno e concentrado. Diante dela estão copos com vinho e pedaços de pão, que também estão diante dos demais à mesa. As expressões são suaves, contemplativas, e revelam um momento de comunhão profunda. À direita, um homem parte o pão com as mãos enquanto outros observam com atenção ou seguram velas. Ao fundo, outras figuras assistem em silêncio, compondo a cena com um ar de solenidade. Essa imagem evoca fortemente a Ceia do Senhor, não em um templo ou palácio, mas em sua forma mais essencial: pessoas comuns reunidas, compartilhando graça e luz.
    Artigo

    A Ceia do Senhor: Entre a Graça e o Controle Religioso

    Introdução A Ceia do Senhor, instituída por Jesus, tem sido, ao longo dos séculos, motivo de celebração, mas também de exclusão. O que deveria ser um convite à comunhão se tornou, em muitas tradições cristãs, um rito cercado de exigências e restrições que mais afastam do que aproximam os fiéis. Mas o que, de fato, é necessário para a Ceia acontecer? E quais exigências são imposições humanas que distorcem sua essência? Neste artigo, analisaremos, os elementos fundamentais da Ceia do Senhor e os equívocos que transformaram esse ato de graça em um mecanismo de controle religioso. Leia também: A Igreja de Dois ou Três, Como Disse Jesus O Que é…

  • A imagem está dividida em duas cenas, ambas com forte simbolismo cristão. Na parte esquerda, há um homem trajando vestes eclesiásticas dentro de uma igreja, carregando duas ovelhas nos ombros. A expressão séria e o ambiente sagrado, com vitrais e uma cruz ao fundo, sugerem a figura de um pastor que cuida de seu rebanho. A imagem transmite a ideia de liderança cansada e fadigada, trabalhando sozinha. Na parte direita, um grupo de pessoas vestidas com túnicas azuis está reunido em um ambiente de igreja, formando um semicírculo ao redor de um grande livro sagrado, que brilha intensamente com uma cruz dourada em sua capa. Acima do livro, uma pomba branca paira, irradiando luz, simbolizando o Espírito Santo. A cena evoca a presença divina, a iluminação espiritual e o estudo comunitário das Escrituras, possivelmente representando um momento de culto ou adoração em que todos atuam conjuntamente.
    Crítica

    Igrejas Adultas ou Crianças Espirituais?

    A imagem de uma igreja que desmorona na ausência do pastor é, infelizmente, uma realidade em muitas comunidades cristãs hoje. Ouvimos frequentemente líderes afirmando: “Minha igreja precisa de mim, ela não funciona sozinha”, ou “Se eu sair por um mês, tudo desanda”. Essas declarações, embora possam refletir uma preocupação genuína, também revelam uma triste verdade: muitas igrejas, mesmo após anos de existência, ainda agem como crianças espirituais, incapazes de caminhar sem o constante auxílio de um líder. Mas qual é a raiz desse problema? E como podemos, à luz das Escrituras, repensar essa dinâmica? Leia também: Pastor Também é Ovelha A Dependência Infantil das Igrejas A analogia de uma igreja…

  • A imagem retrata um ambiente luxuoso dentro de uma igreja suntuosa, com vitrais coloridos e grandes lustres dourados pendendo do teto. No centro, há um púlpito grandioso feito inteiramente de ouro, ornamentado com um símbolo de cruz na parte frontal. Ao redor do púlpito, diversos elementos remetem à riqueza material: pilhas de dinheiro, barras de ouro, joias reluzentes e um saco de couro contendo moedas e um colar de pérolas. Em primeiro plano, uma Bíblia aberta está posicionada sobre a plataforma dourada, contrastando com os símbolos da opulência ao redor. No fundo, um carro de luxo estacionado dentro da igreja reforça a ideia de ostentação e prosperidade. A iluminação quente e dourada destaca o esplendor do cenário, enquanto a ausência de pessoas sugere uma reflexão sobre a relação entre fé e riqueza.
    Crítica

    As Contradições da “Teologia” da Prosperidade

    A “teologia” da prosperidade, também conhecida como “evangelho da prosperidade”, é um movimento que ganhou força no século XX, principalmente em círculos pentecostais e neopentecostais. Seus precursores e principais expoentes incluem figuras como Kenneth Hagin, Kenneth Copeland, Oral Roberts, Creflo Dollar e Joel Osteen, entre outros. Essa teologia enfatiza a ideia de que a bênção financeira e o bem-estar físico são sempre a vontade de Deus para os crentes, desde que eles tenham fé suficiente, façam doações generosas (muitas vezes chamadas de “sementes financeiras”) e declarem bênçãos sobre suas vidas. Leia também: O Veneno das Teologias Enganosas na Igreja Principais ensinamentos e precursores: Por que esses ensinos vão contra as Escrituras? A teologia da prosperidade é…

  • Ensaios

    Quando um Pregador Deve Negar uma Oferta?

    Uma análise teológica, filosófica e pastoral sobre o discernimento na aceitação de ofertas O ato de receber uma oferta como pregador tem suas raízes na tradição cristã e, muitas vezes, é visto como uma forma legítima de sustento para aqueles que se dedicam ao ministério. Contudo, a aceitação de uma oferta não é apenas uma questão de conveniência ou tradição; trata-se de um ato que carrega implicações éticas, teológicas e espirituais. Há situações em que, por prudência e fidelidade ao Evangelho, um pregador deve rejeitar uma oferta. 1. Quando a oferta é excessivamente elevada e pode gerar soberba 1 Timóteo 6:9-10 adverte sobre os perigos do amor ao dinheiro, que…