• A imagem mostra um cenário sombrio e desolado, com um céu nublado e atmosfera pesada. No centro, há uma cruz de madeira quebrada, caída e amarrada com correntes enferrujadas, simbolizando opressão, prisão e decadência. Ao fundo, no topo de uma colina, destaca-se uma cruz iluminada por uma luz suave, sugerindo esperança, resistência ou redenção em meio ao caos. Espalhadas pelo cenário estão várias bandeiras com símbolos do nazismo, do colonialismo e de outros movimentos opressores. Cruzes simples estão fincadas no chão, representando sofrimento, morte e a história manchada de sangue. O contraste entre a cruz acorrentada no primeiro plano e a cruz iluminada ao fundo transmite uma poderosa crítica à aliança histórica da religião institucionalizada com sistemas de opressão, enquanto sugere que a verdadeira fé sobrevive além dessas estruturas corrompidas.
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    Cristianismo e Igreja: Colonialismo e Escravidão

    A história da igreja cristã, tanto católica quanto protestante, é marcada por paradoxos profundos que desafiam a pureza da fé proclamada por Jesus Cristo. Enquanto a mensagem do Evangelho é de libertação, amor ao próximo e justiça, a instituição e seus representantes frequentemente estiveram do lado do poder opressor, da exclusão e da violência. Uma análise bíblico-teológica, histórica e crítica revela como a verdadeira fé cristã foi frequentemente sufocada ou deturpada por interesses humanos, deixando um legado ambíguo que ainda ecoa nos dias atuais. Leia também: Racismo na Igreja: O Pecado (Quase) Silenciado 1. A Igreja e a Escravidão: A Contradição do Corpo de Cristo A Bíblia ensina que todos…

  • A imagem mostra um pastor negro pregando com seriedade em uma igreja simples, de arquitetura tradicional. Ele está de pé atrás de um púlpito de madeira, com um microfone, enquanto a congregação — composta principalmente por crianças e adolescentes negros — ouve atentamente. Um feixe suave de luz solar atravessa uma janela em estilo gótico, iluminando o ambiente com uma atmosfera de paz, reverência e esperança. A cena transmite acolhimento, resistência e a importância da representatividade no espaço religioso.
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    Racismo na Igreja: O Pecado (Quase) Silenciado

    Há um silêncio cúmplice que ecoa nos púlpitos das igrejas evangélicas brasileiras. Um silêncio que não é de reverência, mas de omissão. Um silêncio quase ensurdecedor diante do clamor de irmãos e irmãs que carregam na pele a marca de uma cor que ainda hoje é marginalizada, ignorada, agredida. Falar sobre racismo na igreja não é trazer “pauta política” ao altar — é, antes, responder bíblica e profeticamente ao clamor da justiça. É cumprir o evangelho. Leia também: Blackface: A Arte da Humilhação Infelizmente, quando se menciona racismo em muitos ambientes evangélicos, logo surgem vozes defensivas: “isso é lacração”, “isso é marxismo”, “isso é ideologia”. Mas o que deveria ser…

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    Blackface: A Arte da Humilhação

    O blackface é um conceito carregado de racismo, um símbolo de discriminação e desumanização histórica. No século XIX, em pleno auge do racismo institucionalizado, homens brancos se pintavam de preto e parodiavam, de forma grotesca, pessoas negras em apresentações teatrais chamadas de minstrel shows. O objetivo não era entreter com empatia, mas ridicularizar. As encenações promoviam estereótipos racistas: os negros eram retratados como preguiçosos, infantis, incivilizados e até mesmo perigosos. Leia também: Whiteface: Ironia e Resistência À primeira vista, o blackface pode parecer uma forma de “arte” inofensiva para quem desconhece seu contexto, mas ele está intrinsecamente ligado ao racismo e à perpetuação da inferiorização da população negra. O problema…

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    O Mito do Racismo Reverso

    A branquitude dominante, em sua busca incessante por perpetuar o poder, criou uma ficção perversa: o racismo reverso. É uma invenção que, embora absurda, ganhou ressonância entre aqueles que se sentem ameaçados pelo simples ato de questionamento. Esses defensores do poder histórico, em sua engenhosidade para distorcer a realidade, comparam uma ironia lançada por uma pessoa negra a um branco ao peso histórico e sistêmico do racismo. Uma comparação desonesta, tosca, mas cuidadosamente articulada para manter a supremacia intacta. Há uma fantasia elaborada nessas mentes, que insistem em enxergar o desconforto de ouvir verdades como o mesmo que sofrer a opressão secular. Os poderosos, quando confrontados, armam-se de sua fragilidade…