• A imagem mostra um grupo diverso de pessoas reunidas em torno de uma mesa farta e colorida, cheia de pratos variados, saladas, carnes e bebidas. Todos estão sorrindo, em um clima de alegria e comunhão. O ambiente é acolhedor, com iluminação quente e decoração aconchegante, sugerindo um jantar festivo e familiar. As pessoas demonstram conexão e amizade, celebrando juntas em harmonia, independentemente de suas diferenças visíveis.
    Artigo

    Uma Festa Para Quem Nunca Foi Convidado

    Há um tempo do ano em que as luzes brilham mais forte e as mesas se tornam mais fartas. Pode ser o Natal, pode ser o Ano Novo, ou aquela festa especial da igreja, com decoração caprichada, pratos saborosos e cadeiras reservadas para quem já faz parte do nosso círculo. É bonito, é alegre, é até emocionante. Mas me pergunto: quantas dessas cadeiras foram oferecidas aos que nunca são lembrados? Leia também: A Verdadeira Vocação da Riqueza no Evangelho Quando Jesus falou sobre o Reino de Deus, Ele não usou a imagem de uma reunião fechada para os amigos de sempre. Ele falou de uma festa. E não qualquer festa,…

  • A imagem retrata uma cena de comunidade na época bíblica, ambientada em um vilarejo ao ar livre, sob a luz suave do entardecer. Homens e mulheres, vestidos com túnicas simples típicas do Oriente Médio antigo, estão reunidos em um espaço aberto entre casas de pedra e palha. Alguns carregam jarros e cestos, outros distribuem alimentos e água a pessoas sentadas no chão, representando cuidado e generosidade. Ao fundo, colinas suaves e campos dourados completam o cenário de paz e solidariedade. A cena transmite simplicidade, comunhão e serviço ao próximo, refletindo os valores do cristianismo primitivo.
    Artigo

    A Verdadeira Vocação da Riqueza no Evangelho

    Na longa e fascinante história da fé cristã, há um fato que não pode ser ignorado: pessoas com posses materiais sempre estiveram presentes no meio do povo de Deus, não como senhores opressores ou como detentores de privilégios religiosos, mas como servos, mordomos e cooperadores da obra de Cristo. Desde o ministério terreno de Jesus até a igreja primitiva, homens e mulheres abastados entenderam que a fé que os alcançou não queria apenas seus corações, mas também suas mãos, seus lares e seus bens. Leia também: Entre A Cruz e a Prosperidade Os Evangelhos relatam com simplicidade e profundidade o papel de mulheres como Joana, esposa de Cuza, administrador de…

  • A imagem mostra um grupo de pessoas vestidas com trajes da antiguidade, reunidas em uma praça de aparência medieval ou bíblica, em uma animada roda de cochichos. Todos estão com expressões de surpresa e entusiasmo, com as mãos próximas à boca, como quem compartilha um segredo. Ao redor deles, vários balões de fala coloridos flutuam, cada um contendo cenas ilustradas da vida de Jesus e da igreja primitiva: Jesus curando, a Última Ceia, discípulos pregando, milagres, batismos, partilha de pão, e reuniões da comunidade cristã. As ilustrações lembram ícones ou arte sacra medieval estilizada. A cena retrata com leveza e criatividade a ideia da “fofoca santa” — a propagação do Evangelho como uma boa notícia que vale a pena ser espalhada de boca em boca.
    Crônicas,  Sem categoria

    Fofoqueiros do Reino: A Santa Arte de Espalhar o Verbo

    Dizem que o mundo gira, mas a fofoca voa. E não adianta fazer cara de santidade: todo mundo, em algum momento da vida, deu aquela esticadinha no ouvido pra saber da vida alheia. Uns chamam de curiosidade, outros de “preocupação pastoral”, mas a verdade é que o ser humano tem um radar afiado pra novidade — principalmente quando não é sobre si mesmo. Agora, imagine só se esse dom auditivo e linguístico fosse redirecionado. Já pensou em usar a fofoca como ministério? Calma, não estou propondo heresia, mas sim teologia. Sim, senhor. A Teologia da Fofoca. É ousado, eu sei. Mas também é bíblico — dependendo do que se anda…

  • A imagem mostra uma Bíblia aberta sobre um mapa antigo, evocando a era do colonialismo. Ao redor da Bíblia, repousa uma corrente de ferro enferrujada, simbolizando a escravidão. A luz dourada que ilumina a cena vem da lateral superior direita, criando um contraste simbólico entre a opressão representada pela corrente e a liberdade e fé simbolizadas pela Bíblia. A composição sugere uma tensão entre o uso da religião para justificar a escravidão e seu poder libertador quando lida à luz do Evangelho. É uma imagem altamente simbólica e representativa de debates históricos, teológicos e éticos sobre o papel do cristianismo na escravidão.
    Ensaios,  Sociedade

    Entre a Cruz e os Grilhões: A Escravidão e a Ambivalência Histórica do Cristianismo

    Introdução A escravidão foi uma das instituições mais cruéis e persistentes da história humana. Entre os séculos XV e XIX, milhões de africanos foram arrancados de suas terras e submetidos a uma existência de servidão, violência e desumanização. O que causa perplexidade é o fato de que, durante grande parte desse período, o Cristianismo — a religião do Deus encarnado como servo — foi usado tanto para justificar quanto para combater a escravidão. Este ensaio propõe uma análise teológico-histórica dessa ambivalência, comparando as justificativas oferecidas por católicos e protestantes, tanto a favor quanto contra a escravidão. A partir disso, refletimos sobre a relação entre fé e poder, Bíblia e ética,…

  • A imagem mostra uma mão segurando uma pequena caixa aberta, de onde escapa uma luz dourada intensa, que se espalha em partículas brilhantes pelo ar. O fundo é completamente escuro, destacando o contraste entre a luz e as sombras, criando uma atmosfera de mistério, reverência e beleza. A cena remete à ideia de algo precioso, imensurável e que não pode ser contido.
    Crônicas

    O Reino Que Não Cabe em Suas Prateleiras

    Há quem insista em colocar Deus e seu Reino em caixas. Caixas com etiquetas sofisticadas: “Aqui habita o Deus evangélico”. Ou, quem sabe, “Deus, versão católica, agora com sete sacramentos”. Tem também quem prefira embalagens mais exóticas, com liturgias em latim, em hebraico ou em línguas angelicais. Cada qual tenta capturar Deus em seus frascos de doutrinas, credos e confissões. Leia também: Hakuna Matata e o Reino de Deus Mas há um problema. Deus não cabe. Nem nas caixas, nem nas prateleiras. Na verdade, ele nem sequer frequenta esses corredores. O Eterno não é evangélico, não é católico, nem ortodoxo, nem pentecostal, nem reformado. A bem da verdade, Deus nem…

  • A imagem mostra uma cena urbana em tons de cinza, transmitindo uma atmosfera fria e mecânica. Várias pessoas caminham apressadas em diferentes direções, com rostos desfocados ou apagados, o que simboliza a perda de identidade e individualidade. Todas parecem alheias umas às outras, como engrenagens em movimento automático. Ao fundo, há um grande mural com a ilustração de uma paisagem natural, com árvores — um forte contraste com o concreto e a pressa ao redor. Diante dele, uma única figura está sentada em silêncio, imóvel, em postura contemplativa, sugerindo um momento de pausa e reflexão em meio ao caos produtivista. A imagem evoca exatamente o conflito entre o "fazer" frenético da vida moderna e a necessidade esquecida de simplesmente "ser".
    Crônicas

    O Peso do Fazer e o Esquecimento do Ser

    Acordamos com pressa, dormimos com culpa. O tempo, esse senhor inflexível, nos arrasta como se fosse dono da nossa alma. Vivemos entre planilhas e postagens, entre tarefas e metas, entre agendas lotadas e cafés apressados. A vida, dizem, é movimento. Mas que tipo de movimento é esse que não nos permite parar? Leia também: A Medida do Fazer: Crítica e Complementaridade Na modernidade, a essência da vida foi sequestrada pelo fazer. Tudo gira em torno do produzir. Produzimos conteúdo, resultados, filhos, festas, memórias instantâneas — e esquecemos que viver não é uma função executiva. Tornamo-nos engrenagens bem lubrificadas de uma máquina que nunca para. O sistema nos sorri com dentes…