• A imagem mostra uma Bíblia aberta sobre uma superfície escura, iluminada por um feixe de luz dourada que desce do alto, destacando suas páginas. Pequenas partículas luminosas flutuam dentro da luz, criando um efeito de aura ou reverência, simbolizando a presença e a revelação divina. O contraste entre a escuridão ao redor e o foco de luz na Bíblia sugere a ideia de conhecimento, verdade e espiritualidade que emanam da Palavra de Deus.
    Artigo,  Teologia

    O que Podemos Dizer Sobre Deus: Entre o Silêncio Humano e Sua Palavra

    Vivemos cercados de discursos sobre Deus. São sermões, livros, canções, fóruns acadêmicos e até debates televisivos. Cada um apresenta um “Deus” a seu modo — ora austero, ora permissivo; ora distante, ora intimamente próximo. Mas, diante de tanta pluralidade de vozes, surge uma pergunta inevitável: o que realmente podemos dizer sobre Deus que seja verdadeiro? Leia também: Sola Caritas: O Supremo Amor de Deus “Quem é este que obscurece o meu conselho com palavras sem conhecimento?” (Jó 38:2). Deus interrompeu Jó com essa pergunta, lembrando-lhe que nem mesmo o justo sofredor, com toda sua dor e sinceridade, estava apto a falar sobre o Criador sem antes ouvir o próprio Criador.…

  • Ilustração realista de um homem idoso com barba grisalha observando, com um livro nas mãos, uma cidade medieval com casas humildes e uma catedral imponente ao fundo, ao pôr do sol.
    Crítica

    Quem Tem Medo de Karl Marx?: Crítico ou Bicho-Papão

    “A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, assim como é o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo.” — Karl Marx É comum, nos meios cristãos mais conservadores, ouvir que Karl Marx deve ser evitado como um bicho-papão ideológico. Há quem o trate como uma ameaça à fé cristã, um ícone ateísta cuja missão seria destruir tudo o que diz respeito a Deus. Mas será que essa percepção é justa, ou é fruto de um mal-entendido profundo? Quem tem medo de Karl Marx — e por quê? Leia também: O Mito do Racismo Reverso Antes de qualquer…

  • A imagem mostra uma Bíblia aberta sobre um mapa antigo, evocando a era do colonialismo. Ao redor da Bíblia, repousa uma corrente de ferro enferrujada, simbolizando a escravidão. A luz dourada que ilumina a cena vem da lateral superior direita, criando um contraste simbólico entre a opressão representada pela corrente e a liberdade e fé simbolizadas pela Bíblia. A composição sugere uma tensão entre o uso da religião para justificar a escravidão e seu poder libertador quando lida à luz do Evangelho. É uma imagem altamente simbólica e representativa de debates históricos, teológicos e éticos sobre o papel do cristianismo na escravidão.
    Ensaios,  Sociedade

    Entre a Cruz e os Grilhões: A Escravidão e a Ambivalência Histórica do Cristianismo

    Introdução A escravidão foi uma das instituições mais cruéis e persistentes da história humana. Entre os séculos XV e XIX, milhões de africanos foram arrancados de suas terras e submetidos a uma existência de servidão, violência e desumanização. O que causa perplexidade é o fato de que, durante grande parte desse período, o Cristianismo — a religião do Deus encarnado como servo — foi usado tanto para justificar quanto para combater a escravidão. Este ensaio propõe uma análise teológico-histórica dessa ambivalência, comparando as justificativas oferecidas por católicos e protestantes, tanto a favor quanto contra a escravidão. A partir disso, refletimos sobre a relação entre fé e poder, Bíblia e ética,…

  • A imagem mostra uma mão segurando uma pequena caixa aberta, de onde escapa uma luz dourada intensa, que se espalha em partículas brilhantes pelo ar. O fundo é completamente escuro, destacando o contraste entre a luz e as sombras, criando uma atmosfera de mistério, reverência e beleza. A cena remete à ideia de algo precioso, imensurável e que não pode ser contido.
    Crônicas

    O Reino Que Não Cabe em Suas Prateleiras

    Há quem insista em colocar Deus e seu Reino em caixas. Caixas com etiquetas sofisticadas: “Aqui habita o Deus evangélico”. Ou, quem sabe, “Deus, versão católica, agora com sete sacramentos”. Tem também quem prefira embalagens mais exóticas, com liturgias em latim, em hebraico ou em línguas angelicais. Cada qual tenta capturar Deus em seus frascos de doutrinas, credos e confissões. Leia também: Hakuna Matata e o Reino de Deus Mas há um problema. Deus não cabe. Nem nas caixas, nem nas prateleiras. Na verdade, ele nem sequer frequenta esses corredores. O Eterno não é evangélico, não é católico, nem ortodoxo, nem pentecostal, nem reformado. A bem da verdade, Deus nem…

  • Saúde

    Religião e Suicídio: Quando a Fé Não é a Resposta Imediata

    O suicídio é um tema delicado e frequentemente envolto em tabus. Um dos mais comuns, especialmente entre os círculos religiosos, é a crença de que a religião pode resolver tudo, até mesmo pensamentos suicidas. No entanto, afirmar que a fé ou doutrinas religiosas são a resposta automática para quem enfrenta crises suicidas pode ser não apenas equivocado, mas perigoso. A confusão que isso gera pode agravar a situação de quem já está em estado de desespero, e o que essas pessoas menos precisam é de mais incertezas ou pressões espirituais. Leia também: Como Ajudar Alguém com Ideações Suicidas Religiões, em geral, costumam reivindicar a posse da verdade, o que, por…