• A imagem retrata uma praça vazia em clima de outono, com folhas secas espalhadas pelo chão. Os bancos de madeira estão abandonados, sobre alguns deles há objetos esquecidos, como um cachecol colorido, bolas de tricô e novelos, além de jornais abertos e dobrados pelo chão. A luz suave do fim da tarde projeta sombras longas das árvores e dos bancos, criando uma atmosfera melancólica e silenciosa. A ausência de pessoas sugere um abandono simbólico, como se aqueles que frequentavam o lugar tivessem, subitamente, desaparecido. A cena transmite solidão, ausência e reflexão sobre o tempo e o esquecimento.
    Sociedade

    A Greve dos Idosos: Uma Sátira Fatídica e Inevitável

    Durante décadas, as greves dominaram o cenário social como um método legítimo e barulhento de resistência. Operários pararam fábricas, professores largaram o giz, caminhoneiros trancaram as estradas, artistas cruzaram os braços em silêncio performático. Até mesmo as crianças aprenderam a arte da resistência precoce ao se negarem a ir à escola, protestando contra merendas ruins e provas de matemática. Mães cansadas fizeram greve de afazeres domésticos; pais exauridos decretaram luto à paternidade ativa por um fim de semana. Tudo isso com cartazes, hashtags, panelas batendo e o sempre útil “não sairemos daqui até que…”. Mas havia uma classe invisível, esquecida no meio da balbúrdia de demandas: os idosos. — Greve…