O Peso do Fazer e o Esquecimento do Ser
Acordamos com pressa, dormimos com culpa. O tempo, esse senhor inflexível, nos arrasta como se fosse dono da nossa alma. Vivemos entre planilhas e postagens, entre tarefas e metas, entre agendas lotadas e cafés apressados. A vida, dizem, é movimento. Mas que tipo de movimento é esse que não nos permite parar? Leia também: A Medida do Fazer: Crítica e Complementaridade Na modernidade, a essência da vida foi sequestrada pelo fazer. Tudo gira em torno do produzir. Produzimos conteúdo, resultados, filhos, festas, memórias instantâneas — e esquecemos que viver não é uma função executiva. Tornamo-nos engrenagens bem lubrificadas de uma máquina que nunca para. O sistema nos sorri com dentes…
A Educação como Experiência do Ser
A educação, historicamente marcada pela transmissão de saberes acumulados pela humanidade, apresenta-se como um processo capaz de proporcionar experiências significativas àqueles que a ela se submetem. No entanto, questiona-se se tal experiência é realmente garantida apenas pelo acúmulo de conhecimentos ou se depende de algo mais profundo: o sentido que conferimos à educação e o impacto que ela exerce sobre nós. Sofrer, no contexto educacional, pode ser entendido não apenas como um mero padecimento, mas como uma forma de ser afetado pela educação, uma transformação interior que nos toca de maneira profunda. Nesse sentido, a educação não se resume à simples transmissão de informações ou ao desenvolvimento de habilidades úteis…