• A imagem apresenta um par de mãos humanas estendidas na horizontal, vistas de frente, em um estilo barroco inspirado por Rembrandt. A iluminação é dramática, com um fundo escuro que destaca fortemente as mãos e seus detalhes anatômicos. Nos punhos, há marcas profundas de pregos, com cicatrizes evidentes, sugerindo sofrimento, redenção e memória da crucificação. A paleta de cores utiliza tons terrosos e dourados, conferindo à imagem uma atmosfera de reverência e solenidade. A textura lembra pinceladas densas de óleo sobre tela
    Teologia da Deficiência,  Traduções

    Encontrando o Deus com Deficiência (tradução)

    Fiz parte de várias congregações cuja prática de receber a Eucaristia inclui ir até a frente do santuário e ajoelhar-se no altar de comunhão. Muitas vezes, por estar em uma cadeira de rodas ou usando muletas, um diácono me avisa que não preciso ir até a frente para receber a Eucaristia. Em vez disso, o sacramento me é oferecido no meu assento, após todos os outros terem sido servidos. A congregação está tentando acomodar minha presença no culto. Sem dúvida, estão tentando ser conscientes e inclusivos à sua maneira. Mas, na prática, estão transformando a Eucaristia de uma experiência comunitária em uma experiência solitária para mim — de uma sacralização…

  • A imagem mostra uma pessoa em uma cadeira de rodas posicionada na base de uma longa escadaria em frente a uma igreja de pedra de estilo gótico. A escadaria leva a uma grande porta de madeira, mas não há nenhuma rampa visível para acessibilidade. A pessoa parece estar olhando para cima, em direção à porta fechada da igreja, transmitindo um sentimento de exclusão ou inatingibilidade. A cena sugere uma crítica visual à falta de acessibilidade em templos religiosos ou espaços públicos, levantando questões sobre inclusão e barreiras arquitetônicas enfrentadas por pessoas com deficiência.
    Teologia da Deficiência

    Igreja, Deficiência e o Grito Silenciado – 1

    Parte 1 – O Deus que vê: perguntas que esquecemos de fazer Há um silêncio nas igrejas. Um silêncio que ecoa mais alto do que o som dos instrumentos, mais denso do que a mais fervorosa oração. É o silêncio que envolve as vidas de pessoas com deficiência que frequentam (ou foram afastadas de) nossas comunidades cristãs. Um silêncio produzido não pela ausência de palavras, mas pela ausência de escuta. Não pela falta de ações, mas pela falta de presença real. E talvez a melhor forma de romper esse silêncio seja começar com três perguntas incômodas, mas urgentemente necessárias: I. O problema é o olhar: deficiência como “pecado disfarçado” Ainda…

  • Uma ilustração histórica mostra um homem segurando a Bíblia, rodeado por cenas de pessoas em um cenário que parece ser um povoado. A composição da imagem é multicamadas, com uma cena principal focada em um homem que segura um livro, provavelmente a Bíblia, e várias outras cenas menores intercaladas, representando momentos de vida e atividades em um determinado contexto histórico. A cena principal, com foco no homem que segura a Bíblia, está posicionada no centro da imagem e no primeiro plano, enquanto outras cenas, menores, estão posicionadas em camadas atrás dele, criando uma sensação de profundidade e contextualização histórica. A disposição das cenas cria uma impressão de simultaneidade e de um cenário social amplo. O quadro e o enquadramento da imagem capturam a atmosfera de uma narrativa histórica e social. O principal foco da imagem é um homem adulto, de pele escura, vestindo uma camisa levemente acinzentada. Ele tem uma expressão contemplativa ou séria. Ele está no centro da imagem e focado no primeiro plano. Outras pessoas em diferentes posturas e ações são visíveis nas cenas secundárias, que envolvem atividades diversas, como leitura, oração, cuidados com crianças e trabalho. São retratados indivíduos com diferentes tons de pele e vestindo roupas típicas de uma época, evidenciando a riqueza da diversidade na ilustração. A obra utiliza uma técnica de ilustração realista, com detalhes, cores e texturas bastante expressivos, que denotam uma narrativa histórica e social. As cores da imagem são terrosas e quentes, criando uma atmosfera que sugere o passado. A variedade de expressões faciais, posturas corporais e atividades demonstram a complexidade das cenas retratadas, com o foco central no momento de leitura da Bíblia. O cenário sugere um povoado ou vilarejo, no qual diferentes atividades, como ler e cuidar de crianças, são realizadas simultaneamente. A iluminação é levemente suave, criando uma atmosfera serena e ao mesmo tempo dramática, o que provavelmente enfatiza o significado histórico e social do cenário. As sombras e a luz refletida indicam a presença do sol e a forma como a luz modela as cenas. A paleta de cores enfatiza uma atmosfera histórica, mostrando o uso de cores realistas e representativas de um período histórico.
    Crônicas,  Teologia

    O Mistério de Uma Teologia que Sangra e Canta

    A teologia, por vezes, é sequestrada por laboratórios sem vida. É arrancada da terra molhada pela lágrima do pobre, da calçada onde dorme o esquecido, do altar improvisado da casa de um fiel que ora em silêncio diante da dor. Arrancada, embalsamada e colocada em vitrines douradas de academias onde o verbo não se faz carne, mas papel, rodapé e nota de rodapé. Tornou-se, em muitos círculos, uma ciência dos fósseis, um estudo dos ossos de Deus, como se o Eterno pudesse ser arqueologicamente escavado e catalogado por categorias humanas. Leia também: Teologia é para Gente Cansada Mas a teologia verdadeira… ah, essa não cabe em tratados nem se aprisiona…

  • A imagem mostra um grupo diverso de pessoas rindo e se divertindo juntas em um parque. Há indivíduos de diferentes idades, incluindo idosos, adultos e jovens, todos demonstrando alegria. O cenário ao fundo inclui um playground com um escorregador, bancos e árvores, indicando um ambiente ao ar livre e acolhedor. As roupas são casuais e coloridas, contribuindo para a atmosfera descontraída da cena. O grupo parece estar compartilhando um momento de felicidade coletiva, sugerindo um senso de comunidade e conexão entre eles.
    Crônicas

    Dia da Mentira: Entre Teologia e a Alegria Proibida

    No princípio, era o Verbo. E o Verbo é a Verdade. Mas, em algum momento da história, alguém decidiu que a Verdade precisava de um dia de folga. Assim nasceu o 1º de abril, o Dia da Mentira (Mas será que foi isso mesmo?), uma data que, para alguns, é pecado; para outros, poesia. E, para muitos evangélicos brasileiros, é uma espécie de abominação moderna. Mas será que rir de uma mentirinha inofensiva é realmente tão grave quanto pregar fake news nos outros 364 dias do ano? Leia também: A Era das Narrativas e o Triunfo da Mentira Na Idade Média, dar risadas já foi considerado pecado. Sim, você leu certo:…

  • A imagem retrata um ambiente luxuoso dentro de uma igreja suntuosa, com vitrais coloridos e grandes lustres dourados pendendo do teto. No centro, há um púlpito grandioso feito inteiramente de ouro, ornamentado com um símbolo de cruz na parte frontal. Ao redor do púlpito, diversos elementos remetem à riqueza material: pilhas de dinheiro, barras de ouro, joias reluzentes e um saco de couro contendo moedas e um colar de pérolas. Em primeiro plano, uma Bíblia aberta está posicionada sobre a plataforma dourada, contrastando com os símbolos da opulência ao redor. No fundo, um carro de luxo estacionado dentro da igreja reforça a ideia de ostentação e prosperidade. A iluminação quente e dourada destaca o esplendor do cenário, enquanto a ausência de pessoas sugere uma reflexão sobre a relação entre fé e riqueza.
    Crítica

    As Contradições da “Teologia” da Prosperidade

    A “teologia” da prosperidade, também conhecida como “evangelho da prosperidade”, é um movimento que ganhou força no século XX, principalmente em círculos pentecostais e neopentecostais. Seus precursores e principais expoentes incluem figuras como Kenneth Hagin, Kenneth Copeland, Oral Roberts, Creflo Dollar e Joel Osteen, entre outros. Essa teologia enfatiza a ideia de que a bênção financeira e o bem-estar físico são sempre a vontade de Deus para os crentes, desde que eles tenham fé suficiente, façam doações generosas (muitas vezes chamadas de “sementes financeiras”) e declarem bênçãos sobre suas vidas. Leia também: O Veneno das Teologias Enganosas na Igreja Principais ensinamentos e precursores: Por que esses ensinos vão contra as Escrituras? A teologia da prosperidade é…

  • Imagem impactante de uma favela sofrendo com o aumento do calor: mostre casas simples, telhados de zinco refletindo o sol intenso, crianças e idosos buscando alívio com ventiladores improvisados ou bacias de água. No fundo, inclua uma cidade moderna com prédios e ar-condicionados, destacando o contraste entre o conforto de alguns e o sofrimento de muitos. Use cores quentes (tons de laranja e vermelho) para transmitir a sensação de calor opressivo, mas adicione elementos de esperança, como árvores sendo plantadas ou painéis solares, simbolizando soluções sustentáveis e justiça climática.
    Ecologia,  Saúde,  Sociedade

    O Aumento de Ar-Condicionados e a Responsabilidade do Reino de Deus

    Introdução: O Calor que Divide e a Criação que Clama O Brasil caminha para um futuro onde 160 milhões de aparelhos de ar-condicionado estarão em uso até 2050, um aumento de 350% em relação aos 36 milhões atuais 1. Esse crescimento, impulsionado por ondas de calor extremas e desigualdades socioeconômicas, não é apenas um problema ambiental, mas um desafio teológico e moral. Como cristãos, somos chamados a refletir sobre nossa responsabilidade diante da criação que “geme” (Romanos 8:22) e dos irmãos que sofrem sob o peso do calor injusto. Este artigo une dados científicos, reflexão bíblica e ética prática para confrontar nossa indiferença e propor caminhos de redenção. I. A Realidade…