• A imagem mostra um homem de terno em um ambiente de escritório, olhando pensativo para o céu. A lateral de sua cabeça está aberta, revelando engrenagens metálicas girando — simbolizando uma mente mecânica, presa à lógica do trabalho. No céu, entre nuvens, forma-se uma figura de cérebro feito de nuvem, iluminada, sugerindo consciência, pensamento livre e imaginação. A cena contrasta a mecanização do trabalhador com a possibilidade de reconexão com sua humanidade pensante.
    Artigo

    A Lógica do Lucro: Trabalhar até quebrar

    Vivemos em uma era em que o valor humano é medido por métricas de desempenho e lucro. No cenário capitalista globalizado, empresas operam sob a lógica brutal da produtividade: quem rende é mantido, quem não rende é descartado. É o corte frio da eficiência. Recentemente, demissões em massa têm acontecido não apenas no Brasil, mas em várias partes do mundo. E não por falta de recursos — mas porque o sistema exige constante crescimento, mesmo que esse crescimento destrua pessoas no processo. Leia também: A Simplicidade Esquecida da Identidade Cristã Poderíamos tentar suavizar essa lógica com alguma analogia bíblica — como a da videira e dos ramos em João 15…

  • A imagem retrata a jornada de autodescoberta e resiliência de um jovem, dividida em três momentos distintos. À esquerda, ele vende picolés em um carrinho, usando óculos e uma camisa vermelha, demonstrando um início de trajetória simples e desafiador. No centro, há uma cena de transição onde ele aparece caminhando com uma mochila e ferramentas, envolto por uma luz dourada, simbolizando orientação e superação. À direita, ele está em um ambiente acadêmico, trabalhando com computadores e, posteriormente, ensinando em uma sala de aula. O cenário transmite esforço, crescimento e esperança, representando sua luta antes de um diagnóstico de autismo.
    Autismo,  Neurodiversidade

    Minha Jornada Trabalhista, antes de Saber do Autismo

    Algumas pessoas já me perguntaram como foi, para mim, trabalhar por tantos anos sem saber que era autista. A resposta, embora complexa, pode ser resumida em uma palavra: difícil e, fui me virando como dava. Mas, ao mesmo tempo, foi uma jornada repleta de aprendizados, desafios superados e descobertas que moldaram quem sou hoje. Leia também: Por que você não leu? Minha trajetória profissional começou cedo, ainda na pré-adolescência, quando eu e meu irmão saíamos para vender picolés. Enquanto meu irmão tinha um talento natural para atrair clientes e vendia todos os seus picolés — às vezes até voltava para pegar mais —, eu, por outro lado, muitas vezes, mal…