• A imagem mostra uma figura humana feita de barro rachado, com destaque para um coração trincado exposto no peito. A figura está em pé no centro de uma rua urbana moderna, com luzes de neon ao fundo, evocando uma cidade movimentada à noite. Ao redor, há dezenas de rostos sorridentes espalhados pelo chão, como máscaras caídas, todas com expressões forçadas e artificiais. O contraste entre o homem de barro — frágil, verdadeiro e vulnerável — e os rostos falsos ao redor sugere uma crítica à superficialidade das relações humanas e à hipocrisia do amor proclamado mas não vivido.
    Crítica

    O Amor, o Vaso e a Vaidade

    O amor, esse verbo tão conjugado nas músicas, nos púlpitos, nos stories e nos sermões de domingo, anda meio prostituído — não no sentido de que foi violentado, mas no sentido de que se vende fácil por aplausos, curtidas e aprovação moral instantânea. Leia também: A Era do Eu Inchado: Identidade Inflada e a Vacuidade do Ser Vivemos dizendo que sabemos amar, como se amar fosse simplesmente não matar, não estuprar ou dar bom dia no elevador. Confundimos afeto com gentileza, fidelidade com presença, altruísmo com marketing de si mesmo. Pais dizem que batem por amor, e filhos crescem confundindo dor com cuidado. Cônjuges traem em nome de um amor…